Agricultura Tecnologia

Cotonicultores monitoram demandas da lavoura via satélite

A busca por meios de produção mais eficientes e ambientalmente amigáveis não tem fim. E a alta tecnologia hoje disponível para o produtor rural permite acelerar esse processo. A leitura dos níveis de NPK na lavoura através de imagens de satélite, por exemplo, já é uma realidade, que os cotonicultores do país já podem desfrutar. 

Com essa tecnologia, é possível saber com precisão os níveis de Nitrogênio, Fósforo e Potássio de cada talhão, fazer a recomendação dos níveis de fertilizantes a aplicar, e até avaliar o nível de umidade da planta e da saúde geral dela. Tudo isso, na palma da mão, podendo ser acessado num notebook ou até mesmo num smartphone, permitindo aumentar a produtividade da plantação de algodão, minimizando os custos de fertilizantes e otimizando as operações.

De acordo com a ST Engineering Geo-Insights, empresa com sede em Singapura, responsável por esse pacote de soluções, é possível uma economia de até 20% nos custos com fertilizantes. A confiança no sucesso do produto é tão grande, que a empresa está oferendo aos interessados diagnósticos gratuitos de suas lavouras, para comprovar na prática a eficiência do sistema. 

A Fazenda Camila, localizada no município de Paranatinga, Mato Grosso tem o grosso do seu projeto focado na cultura do algodão, decidiu apostar nessa tecnologia, encontrando na solução AgXecel-lence as ferramentas necessárias para dar um salto de qualidade e quantidade em sua lavoura. 

“Hoje, de área física, nós estamos plantando 8.000 hectares, dos quais, 5.300 hectares são destinados à cultura do algodão, onde estamos conseguindo produtividade acima das 300 arrobas por hectare”, conta Wendell Vieira de Moraes, Engenheiro Agrônomo e Gerente da Fazenda. 

Alta tecnologia

De acordo com Moraes, a adoção do controle da lavoura através de satélite foi um divisor de águas no trabalho da propriedade: “Nós conhecemos a a tecnologia da Geo-Insights através do nosso escritório central, que fica em Singapura. Eles entraram em contato conosco e apresentaram o projeto, para fazer análise do fertilizante, do nitrogênio, do fósforo e do potássio via satélite. A princípio, achei que não era possível. É uma coisa realmente inovadora”, atesta o agrônomo, ponderando que, até então, para se fazer a análise de NPK era preciso trabalhar diretamente no solo, ou na planta, através de análise foliar.

“O grande ganho que tivemos foi a rapidez com que a gente consegue ter essas análises na mão. Para você hoje coletar folhas, mandar para o laboratório e esperar o resultado demanda em torno de sete dias. E o satélite consegue te entregar em apenas dois dias. Com isso, você ganha um tempo precioso, além de definir mais rapidamente e com mais acurácia a formulação ideal dos nutrientes, para aplicação no momento certo, e na dose certa também”, garante Moraes.

Ele reconhece também o importante apoio da equipe da empresa para garantir o melhor aproveitamento possível da tecnologia. “O pessoal veio lá de Singapura para acompanhar e dar todo o suporte necessário. Isso garantiu a obtenção de bons resultados rapidamente”, atesta.

O trabalho começou há aproximadamente três anos. “Ficamos uns dois anos coletando as imagens de satélites e, a partir desses novos dados, fomos calibrando a leitura de nitrogênio, fósforo e potássio. Nas áreas onde se identificava dados diferentes, pegávamos a amostra de folhas, fazíamos análises foliares e cruzávamos com os dados obtidos, para ver se os dados do satélite estavam corretos”.

Todo esse trabalho, porém, de acordo com o gerente da fazenda, valeu a pena: “Hoje, nós conseguimos fazer na fazenda as aplicações dos três nutrientes em taxa variável, de forma assertiva, e, consequentemente, com mais eficiência”. 

Animado com os resultados obtidos, ele acredita que a tecnologia deve conquistar os cotonicultores que puderem tirar a prova. “Isso é uma coisa que tende a crescer em larga escala para todos os produtores de algodão. Eu acho que isso é o futuro, sim. Hoje, o grande desafio do agro é você fazer a operação no momento certo. Hoje já existe várias tecnologias no mercado que nos ajudam, e essa é mais uma ferramenta que vai ajudar. Quando você escuta falar de tirar análise de nutrientes via satélite, é assustador. Mas a tecnologia está aí, fizemos um teste aqui, está funcionando, e estamos muito satisfeitos”. Interessados podem entrar em contato pelo e-mail: geo-insights@stengg.com.

Ou acesse o site: https://geo-insights.ai/agricultura/

Foto: Divulgação ST Engineering Geo-Insights

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