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Respeitar o período seco entre lactações gera renda maior

Filho de pequeno produtor de Manoel Ribas, no norte central paranaense, Edgar Gheller conviveu com ruminantes desde o nascimento, em 1960. O carinho pelos animais o fez ir a Lages (SC) com o objetivo realizar um sonho despertado na infância: estudar medicina veterinária.

Formado há mais de três décadas, ele tem atuado no município catarinense de Treze Tílias (SC), especialmente em consultoria para nutrição de bovinos. Com 59 anos, têm dois filhos – a mais velha, Larissa, seguiu os passos do pai e foi além: tem mestrado em veterinária.

Edgar Gheller entende que a bovinocultura enfrenta dois grandes desafios no cenário atual do Brasil: alimentação correta e, especialmente, manejo geral dos animais. “Ambientes não ideais, por exemplo, causam muito estresse especialmente para vacas, o que resulta em baixa produção leiteira”, destaca.

Para o especialista, outros problemas são evidentes em muitos locais, como “erros no calendário de vacinas, no uso de vermífugos e na contagem de datas referentes ao chamado período seco, ao qual também há vacas chegando muito gordas, o que causa dificuldades”.

O período seco é um descanso que varia de 45 a 60 dias antes do próximo parto da vaca, sendo importante para a recomposição do organismo antes da próxima lactação. Essa pausa visa a garantia do bem-estar dos animais, diminuindo o estresse e o risco de infecções.

A secagem do leite para garantir o descanso exige atenção do produtor. “Há no mercado produto para facilitar a secagem das vacas, que ajudam a acabar com as dores de úbere e também proporciona maior volume de leite e períodos secos menores”, explica Gheller.

“Essa solução tem apresentado excelentes resultados em vacas de alta produção, que passam por secagem abrupta, gerando renda maior”, conclui o profissional.

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