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EPAMIG completa 45 anos com foco no desenvolvimento da agropecuária

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) completa, nesta terça-feira, 6 de agosto, 45 anos. Vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a Empresa tem em sua história vários momentos de pioneirismo no desenvolvimento de novas tecnologias, incluindo novas variedades, produtos, metodologias e processos, que permitiram aumentar a produtividade e competitividade no campo e gerar mais renda para o produtor rural.

A agropecuária é um dos pilares que sustentam a economia de Minas Gerais e do Brasil. O Estado lidera a produção nacional de café, com 51,4% do total, e concentra 30% do leite produzido no país. A pesquisa contribuiu para esta posição na geração de tecnologias para a consolidação da cafeicultura em regiões antes consideradas pouco adequadas para a atividade, como o Cerrado e a Chapada de Minas, e na recomendação de gado mestiço adaptado para a região dos trópicos. As inovações também garantiram destaque na produção de grãos, na olericultura, na fruticultura (especialmente a banana no Norte de Minas) e o pioneirismo na olivicultura e na produção de vinhos finos no Sudeste brasileiro.

À frente da instituição há pouco mais de um mês, Nilda de Fátima Ferreira Soares, ressalta que a ciência e a tecnologia são fatores essenciais para o desenvolvimento e que a defesa da pesquisa deve ser feita de forma intensa, sobretudo, em momentos de crise. “O grande desafio que qualquer empresa de pesquisa enfrenta no momento atual é como garantir os recursos financeiros. Não há como fazer pesquisa sem recursos financeiros. A pesquisa é uma ala de ação estratégica dentro de qualquer governo e que não pode, de forma alguma ser minorada, porque seus resultados vêm em médio e longo prazo”, avalia.

A presidente da EPAMIG reforça a ideia de que o momento é de foco no futuro e em novas descobertas. “Se nós não começarmos agora novas tecnologias, novos processos, novos desenvolvimentos, ficaremos atrás do que o mundo busca. É preciso que façamos a defesa da pesquisa, como parâmetro fundamental para o desenvolvimento e a mudança de patamar em qualquer contexto”, alerta Nilda, acrescentando que o trabalho deve ser feito de modo a atender as necessidades reais de produtores rurais e parceiros da extensão rural e das universidades. “Iniciamos nosso trabalho com o foco na melhoria da infraestrutura de nossos 23 campos experimentais, no melhor aparelhamento do suporte à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias e no aprimoramento da difusão das tecnologias geradas”, afirma.

Estrutura

A EPAMIG conta com a sede administrativa localizada em Belo Horizonte e cinco unidades descentralizadas Centro-Oeste (Prudente de Morais), Norte (Nova Porteirinha), Oeste (Uberaba), Sudeste (Viçosa) e Sul (Lavras). Além disso, conta com duas unidades de ensino voltadas para a formação de técnicos agropecuários, em nível médio (Instituto Técnico de Agropecuária e Cooperativismo, em Pitangui), e laticinistas em nível pós-médio (Instituto de Laticínios Cândido Tostes, em Juiz de Fora), e 23 campos experimentais sediados em 21 municípios mineiros.

Segundo dados do Balanço Social 2018, a EPAMIG conta com 876 empregados, sendo 154 na função de pesquisador. A avaliação de 38 tecnologias geradas pelas pesquisas da Empresa apontou um impacto econômico superior a 980 milhões no último ano.

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