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IICA contra as desigualdades enfrentadas pelas mulheres rurais

O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) trabalha com premissas e ações inovadoras para promover a autonomia econômica e o empoderamento das mulheres rurais. Sua enérgica ação institucional é pautada no reconhecimento de uma realidade dolorosa: as mulheres rurais integram o grupo mais desfavorecido entre as mulheres.

São José, 8 de março de 2019 (IICA). No Dia Internacional da Mulher, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) ratifica seu compromisso com a redução de desigualdades enfrentadas pelas mulheres rurais e, para tal objetivo, trabalha com premissas e ações inovadoras que promovem sua autonomia econômica e empoderamento.

Essa decidida ação institucional é pautada no reconhecimento de uma realidade dolorosa, que o IICA quer mudar, e trabalha para isso: as mulheres rurais, cerca de 60 milhões nas Américas, integram o grupo mais desfavorecido entre as mulheres. Além disso, desse total, aproximadamente 11,5 milhões pertencem a povos originários e um igual número é constituído por mulheres rurais afrodescendentes.

As mulheres rurais têm acesso a um menor grau de educação formal (sete anos em média, muito abaixo da média nos espaços urbanos e, além disso, com uma elevada percentagem de analfabetismo) e estão fortemente relegadas em termos de acesso a recursos produtivos.

Em seu roteiro institucional, o Plano de Médio Prazo 2018-2022, o IICA estabeleceu uma “Estratégia de gênero e mulheres rurais no desenvolvimento agrícola e nos territórios rurais” que visa garantir o cumprimento de objetivos estratégicos, como alcançar um aumento das contribuições do setor agropecuário para o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável, promover o bem-estar de todos os habitantes nos territórios rurais e aumentar a resiliência dos territórios rurais e dos sistemas agroalimentares.

“Incluir a mulher rural requer incorporar a experiência, o conhecimento, os interesses e as necessidades das mulheres com o objetivo de empoderá-las. Esse é o caminho certo a seguir para mudar o que consideramos ser estruturas sociais e institucionais desiguais e torná-las mais justas e iguais”, afirmou o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero.

A empresária Susana Balbo, que presidiu o W20 em 2018, o fórum de debate do G20 sobre o empoderamento das mulheres e, conforme seu posto de Embaixadora de Boa Vontade do IICA, promove o desenvolvimento, a inclusão e o empoderamento com foco nos temas de Gênero e Juventude Rural, ressaltou a importância do fomento ao empreendedorismo e da adoção de medidas que permitam acelerar as mudanças na posição ocupada pelas mulheres rurais.

“As mulheres rurais representam um terço da população mundial. A metade da produção mundial de alimentos passa pelas suas mãos. Elas têm um papel fundamental na sustentabilidade da terra, na família e no tecido social. Melhorando sua situação, poderíamos aumentar em até 30% a produção mundial, e a sua plena participação no mundo do trabalho contribuiria para reduzir fortemente a fome no mundo”, disse Balbo.

Como parte das ações para incluir de forma transversal o tema de gênero e juventude em sua atividade institucional, “o IICA promove a geração de informações quantitativas e qualitativas sobre a mulher rural, aportando a uma maior visibilidade das lacunas que enfrentam, suas necessidades, avanços e aspirações”, disse, por sua parte, o Diretor de Cooperação Técnica do IICA, Federico Villarreal.

Nesse sentido, o IICA desenvolve e propõe ações voltadas a realizar a autonomia econômica por parte das mulheres rurais, promovendo o empreendedorismo para que obtenham a liderança no âmbito produtivo, social, econômico e tecnológico; incentivando a incorporação de mulheres nos espaços de decisão sobre a ruralidade e a agricultura; e contribuindo para o desenvolvimento de políticas e instituições públicas e privadas para a mulher rural, tanto em âmbitos nacionais como internacionais.

O IICA também arquiteta ações visando o fortalecimento das capacidades das mulheres rurais, fundamentalmente no que se refere a seu acesso à educação e ao conhecimento, e contribui com a institucionalidade para a gestão de políticas produtivas e sociais que expressem visivelmente a contribuição das mulheres rurais na dinâmica territorial.

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