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Embrapa participa de feira internacional de alimentos e bebidas

A Embrapa participa da primeira edição da ANUFOOD Brazil, uma feira de negócios exclusiva para o setor de alimentos e bebidas, de 12 a 14 de março, das 10h às 19h, no São Paulo Expo, em São Paulo. O evento segue o modelo da Anuga, a maior feira de alimentos do mundo, que acontece em Colônia, na Alemanha, e reúne cerca de sete mil expositores e 160 mil visitantes.

No dia 13, o presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, faz uma palestra no Congresso FGV – Painel 3: Indústria de Alimentos – das 10h às 12h, sobre “A produção agropecuária tendo em vista a indústria de alimentos”. Já no seminário “Alimentos 2030 – A mobilização do setor alimentício na promoção do consumo responsável”, o diretor-executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Soares, participa como debatedor no painel “Ampliação e sistematização de ações para promoção do consumo responsável e sustentabilidade do sistema alimentar”, no dia 14, entre 10h e 13h30.

No estande da Embrapa, serão realizadas rodas de conversas sobre as tecnologias apresentadas pela Empresa, além de orientações para oportunidades de parcerias. Segundo o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro-RJ), Fernando Teixeira, a participação na feira propicia a prospecção de parcerias para projetos conjuntos entre a Embrapa e o setor privado. “Como haverá muitos representantes da indústria de alimentos, o evento é um ambiente propício para vermos tendências de mercado”, acrescenta.

As Unidades que participam do evento são: Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Acre (Rio Branco-AC), Embrapa Meio-Norte (Tereseina-PI), Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE), Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS) e Embrapa Instrumentação (São Carlos-SP). As tecnologias, práticas e outras novidades que estarão no estande da Embrapa incluem:

Revestimento biodegradável para conservação do coco verde: revestimento comestível que pode prolongar, para até 40 dias, a vida útil do coco verde (variedade anão-verde). O uso dessa tecnologia mantém as características nutricionais do coco natural e a água dentro dele sem alteração de cor ou sabor. A tecnologia é simples e o produtor pode aplicar em sua propriedade.

Embalagens articuladas para frutas: embalagens para manga, mamão e caqui foram desenvolvidas visando facilitar transporte, manuseio e exposição das frutas, além da manutenção da qualidade e extensão da vida útil. As embalagens foram desenvolvidas levando-se em consideração o padrão internacional de paletes (material em madeira ou plástico usado para empilhar produtos) para transporte e movimentação de cargas nacional e internacional. A matéria-prima para produção das embalagens conta ainda com uma composição de plástico e fibra vegetal, que torna as embalagens ecologicamente corretas quando descartadas no meio ambiente.

Farinha pré-cozida integral de sorgo e cereal integral de sorgo: o sorgo é um cereal com alto teor de fibras alimentares, presença de bioativos, elevada capacidade antioxidante e ausência de glúten. A partir da técnica de extrusão termoplástica do grão inteiro de sorgo, o produto resultante apresenta-se na forma de biscoito crocante, aerado que pode ser consumido na forma de cereal matinal, com similar teor de nutrientes presentes no grão inteiro e pronto para o consumo.

Farinha pré-cozida integral de milheto: grãos de milheto são cereais nutritivos isentos de glúten, com elevado teor de proteínas, fibras e minerais em relação aos cereais convencionais (arroz, milho e trigo). A partir da técnica de extrusão termoplástica, o produto obtido pode ser consumido diretamente como “snacks”, na forma de cereal matinal ou, quando submetidos à moagem, podem ser usados como farinhas pré-cozidas destinadas à elaboração de produtos como massas alimentícias, bolos, cookies e pães.

Castanha-do-pará: desenvolvimento e validação de boas práticas com o objetivo de melhorar a qualidade da castanha-do-pará e garantir a segurança do alimento. Recomendam-se práticas desde o planejamento antes da coleta dos frutos até a secagem, armazenamento e transporte do produto coletado.

Açaí nativo: bastante consumido de forma processada, a manipulação exige cuidados adequados para assegurar qualidade sanitária e a manutenção do valor nutricional e compostos funcionais.

Biscoito de feijão-caupi: um biscoito à base de farinha de feijão-caupi é alternativa da ciência para incrementar o mercado de produtos funcionais no Brasil. Além de não conter glúten, o que favorece os portadores da doença celíaca e pessoas com intolerância a essa proteína, o produto é feito a partir de uma variedade biofortificada desenvolvida pela Embrapa, a BRS Tumucumaque, que tem altos teores de ferro e zinco.

Grão-de-bico: será apresentado o potencial do grão-de-bico para a indústria alimentícia, dando ênfase ao elevado valor proteico. A leguminosa é um alimento muito versátil, especialmente na dieta vegetariana. Além disso, a farinha de grão-de-bico substitui muito bem a farinha de trigo em preparações como massas, pães e bolos.

Projeto “Hortaliça não é só salada”: um site com orientações para os consumidores sobre as pequenas atitudes cotidianas que reduzem o desperdício de hortaliças. Nele estão reunidas diversas informações sobre os atributos de qualidade na hora da compra e o correto manuseio e acondicionamento das hortaliças no mercado e na residência para evitar desperdícios. O projeto também visa contribuir para o aumento do consumo de hortaliças pela população brasileira, oferecendo diversas opções de preparo desses alimentos – são mais de 150 receitas nutritivas, práticas e baratas.

Cajuína orgânica em lata: bebida processada com microfiltragem que resulta em uma melhor aparência e segurança microbiológica. O produto não contém químicos ou ingredientes de origem animal, como gelatina. A embalagem de alumínio preserva o suco da luz e permite que seja comercializado nas áreas mais competitivas dos supermercados. Como a cajuína é embalada com uma carga microbiana muito baixa, é possível adotar um tratamento térmico mais brando que o utilizado no método tradicional, o que resulta em uma menor perda de vitamina C e de sabor.

Conceitos Carne Carbono Neutro (CCN) e Carne Baixo Carbono (CBC): conceitos simples e objetivos que vão ao encontro da tendência mundial do consumidor em adotar práticas sustentáveis e que proporcionem bem-estar animal.

O conceito CCN envolve o componente arbóreo em sistemas agrossilvipastoris (lavoura-pecuária-floresta) ou silvipastoris (pecuária-floresta), responsável por neutralizar o metano entérico emitido pelos animais e um dos principais gases causadores do efeito estufa. Já o CBC é a produção em sistemas integrados ou não, com pastagens, sem a presença de árvores. A partir do tratamento adequado do pasto, melhora-se a qualidade do solo e, consequentemente, sua capacidade de estocagem de carbono.

Películas comestíveis e rastreabilidade de frutas: películas para morango, maracujá, mamão e pimentão que preservam as mesmas características do vegetal in natura. A proposta é aumentar o tempo de vida desses produtos em até dois anos. Já a rastreabilidade de frutas será apresentada como fator fundamental para o consumo de um alimento seguro e de qualidade.

CoffeClass: tecnologia desenvolvida para avaliar a qualidade do pó de café. Pesquisas mostram que a partir de técnicas de mineração de dados, aliadas à análise de imagens e inteligência artificial, é possível classificar e avaliar a qualidade do café.

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