Um retorno acima de qualquer expectativa . Assim os proprietários da Aravestruz definem o resultado obtido com a promoção de uma inédita corrida de avestruz no início do ano passado. “Queríamos chamar a atenção para animais e tudo o que eles oferecem e conseguimos um espaço na mídia fantástico que seriam impossível se fossem pagos em forma de publicidade”, explica Maurício Lupfieri que, juntamente com os filhos Maurício Júnior e Hélio, desenvolveu um grande projeto de criação de avestruz em Araçatuba, SP, região chamada por muitos de capital do boi. “Queremos transformar Araçatuba na capital do avestruz”, afirma Lupfieri, contabilizando um grande número de novos criadores na região. Temos cerca de 60 clientes num raio de 150 quilômetros, aos quais já entregamos em torno animais, desde o melhor argumento para defender a opção pelos avestruzes, que mereceram de Maurício inclusive a aquisição de uma propriedade exclusivamente para sua criação, é a comparação que ele faz com a criação de bovinos a campo. “Onde se alimenta três bois, pode-se alimentar 150 avestruzes. Além disso, cada fêmea lhe dá cerca de 30 filhotes por ano, que rendem em um ano, 4 a 5 arrobas de carcaça, ou 2 a 2,5 arrobas de carne de excelente qualidade padrão filé mignon”, garante o criador, fechando a conta em 70 arrobas de carne por casal/ano. Isso tudo, sem contar as plumas (cerca de 2 quilos num animal de um ano) e o couro. “A média de despesa de um animal comercial, para abate, é de R$ 100,00/ano.
Contando hoje com 25 casais em produção, a Aravestruz espera terminar o ano com mais 85 casais, crioulos da fazenda, o que vai obrigá-lo a dobrar o número de piquetes atuais, cada um com 700 m2, comportando um casal. “Nossas vendas hoje são todas futuras. A demanda é gigantesca, o que também acaba atraindo gente que quer fazer lucro rápido, sem se preocupar com o desenvolvimento genético do avestruz criado aqui”. Além de se preocupar com a origem, a Aravestruz vem trabalhando sério no controle de produção de seus animais, para garantir produtividade as gerações futuras. É uma espécie de um “DEP” para avestruz.
