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Marbofloxacina aumenta eficiência do tratamento da mastite

Os impactos da mastite na bovinocultura de leite vão muito além dos limites da fazenda, afetando toda a cadeia de produção e interferindo também no valor de venda dos produtos finais, sendo responsável pela baixa qualidade do leite e,  consequentemente, baixo rendimento do leite na indústria de laticínios. Além disso, a mastite também compromete  o bem-estar dos animais acometidos.

A mastite ocorre, na grande maioria das vezes, devido a infecção bacteriana em um ou todos os quartos da glândula mamária, podendo se manifestar como doença clínica ou subclínica . Em ambos os casos, há alteração  nas características do leite que modificam sua qualidade, composição química e características naturais desejadas.

Diferentemente do quadro clínico da doença, onde as alterações no leite são perceptíveis em uma simples inspeção visual e, por isso, há segregação dos animais afetados, os quadros de mastite subclínica  têm grande potencial de disseminar pela propriedade e afetar outras vacas no mesmo rebanho, que passam a produzir menos leite. Isso ocorre porque na manifestação subclínica sinais claros de infecção, como alterações na glândula mamária e no leite não são claramente detectados

Por ser uma condição frequente  nas fazendas leiteiras, é comum e rotineira a utilização de antibióticos para tratamento das mastites. Isso leva a retirada dos animais da linha de ordenha, a custos de manejo, com medicamentos e assistência técnica, além de descarte do leite dos animais que estejam em tratamento para a maioria das situações.

Um outro ponto importante é que o  uso indiscriminado e sem critério de antimicrobianos pode resultar na seleção de cepas bacterianas resistentes àquele antibiótico o que exigirá a troca do mesmo. A repetição deste procedimento potencializa a possibilidade do desenvolvimento de cepas bacterianas multirresistentes na fazenda e quando esta situação ocorre, fica muito difícil encontrar uma base antimicrobiana que vá funcionar.

Uma das formas para se evitar ou prorrogar o surgimento de cepas bacterianas resistentes na propriedade é, além de se utilizar métodos auxiliares de diagnóstico para identificação da cepa bacteriana e sua possível sensibilidade ao antimicrobiano específico, é a utilização de bases altamente potentes e que demonstrem ser eficazes contra os principais agentes causadores das mastites. Antimicrobianos bactericidas, cuja ação é dependente do nível de concentração alcançado no sangue e no alvo da infecção e que permitem níveis oito ou mais vezes superiores dos necessários para máximo controle da infecção específica dificilmente permitem a seleção de indivíduos dentro da colônia bacteriana controlada com potencial para o desenvolvimento da resistência.

Estudos recentes comprovaram que a utilização da Marbofloxacina,  no tratamento da mastite, promove  alta taxa de cura clínica e microbiológica , principalmente no tratamento de mastite causada por bactérias Gram negativas responsáveis pelas mastites ambientais, como E. coli.

Em um estudo,  os animais tratados com Marbofloxacina tiveram um retorno mais rápido ao seu comportamento normal e à produção de leite até o 15º dia após o tratamento, assim como a normalização dos parâmetros clínicos e desaparecimento da bactéria infectante nos quartos mamários previamente afetados, padrão importante para um leite de melhor qualidade, maior produção e valor comercial.

Atualmente no mercado brasileiro temos alguns antimicrobianos a base da marbofloxacina, mostrando características inerentes a cada um deles. Assim temos produtos comerciais indicados para tratamento tanto das principais espécies bacterianas responsáveis por mastites ambientais, quanto para aquelas principais causadoras de mastites contagiosas.

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