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Preços dos hortifrutis mostram reação durante a pandemia

O 4º Boletim do Prohort da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado dia 16 de abril, mostrou que as diversas medidas de enfrentamento ao coronavírus levaram a uma corrida aos mercados e aumento do consumo, pelo temor de um possível desabastecimento. Em razão do isolamento social e, também, do fechamento de bares e restaurantes houve a redução no movimento dentro das centrais de abastecimento, o que influenciou a dinâmica da comercialização e pode ter contribuído para os aumentos de preços.

Entre os principais aumentos destaca-se a cenoura, que apresenta movimento ascendente desde janeiro. O produto ficou mais caro em todos os estados pesquisados, mesmo após as cotações atingirem os mais baixos índices há poucos meses atrás, em novembro/dezembro de 2019.

Outras hortaliças que tiveram alta foram  batata, cebola e tomate. No caso da alface, houve maior oferta nos mercados, mas menor demanda pela alta perecibilidade e porque os consumidores acabam evitando o consumo de produtos crus no período da quarentena.

No levantamento das frutas, entre as mais caras destaca-se a laranja. O estudo associa o fato ao aumento da demanda por citrus em geral, cujo motivo também pode estar ligado à pandemia do coronavírus, que leva as pessoas a modificarem hábitos de consumo. Como essas frutas são ricas em vitamina C, elas auxiliam no aumento da imunidade e, assim, passaram a ser mais procuradas pelos consumidores, fato que elevou a demanda e pressionou as cotações.

Além do acompanhamento mensal do Boletim Prohort, a Conab também tem monitorando a oferta e demandas dos hortifrutis e os preços nos entrepostos para gerar relatórios semanais que são enviados ao comitê de crise do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As últimas análises informam que as ações preventivas adotadas pelas Ceasas têm garantido que os produtos hortigranjeiros continuem chegando de forma segura a todos os usuários dos entrepostos. Além das medidas sanitárias, as Centrais também promovem o controle do quantitativo de pessoas que acessam os mercados e realizam campanhas de orientação direcionadas aos funcionários, permissionários e usuários, com base nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Volume comercializado

O setor hortigranjeiro chegou a comercializar 16,81 milhões de toneladas de frutas e hortaliças em 2019, que movimentou recursos de mais de R$ 41 bilhões em todo o país. Em comparação com 2018, os números mostram estabilidade na quantidade comercializada,no entanto, houve um aumento de 12,97% no valor total das transações.

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