Direto da Redação Pecuária

Proteínas animais são aliadas na luta contra o coronavírus

Em meio à pandemia de Covid-19, vírus do qual ainda não podemos nos proteger por meio de uma vacina ou quaisquer outros medicamentos, as pessoas mostram-se ainda mais alertas sobre a importância de manter a imunidade em dia, fator importantíssimo para a recuperação de quem foi infectado e também para manter o corpo pronto a “lutar” contra qualquer infecção.

Dessa forma, uma alimentação equilibrada é essencial. As proteínas animais respondem por parte fundamental da dieta do ser humano. Completas, elas são melhor absorvidas pelo organismo e fornecem um conteúdo maior de aminoácidos essenciais, não produzidos pelo corpo e que permitem o desenvolvimento de funções vitais, como formação de estruturas ósseas e musculares.

Para se ter uma ideia, estima-se que dos 20 tipos de aminoácidos existentes, nove deles são indispensáveis para o homem e as proteínas animais são constituídas por todos ou pela maioria deles, diferente de outras fontes proteicas, que possuem níveis muito mais baixos no fornecimento destes.

Mas para manter a imunidade em dia, tão importante quanto ingerir proteínas animais é variá-las no cardápio. Isso porque cada uma delas também carrega consigo vitaminas e minerais diferentes. O frango, por exemplo, é uma rica fonte de cobre, zinco, selênio e ferro, enquanto a carne suína é rica em vitamina B6, aliada do metabolismo na metabolização de proteínas e carboidratos.

Tão importantes quanto as carnes, as demais proteínas animais também precisam de lugar garantido no prato de cada dia. Por conterem vitamina B12, os ovos fortalecem o sistema nervoso e aumentam a produção de sangue, além de contribuírem para a saúde dos olhos. Já o leite, rico em cálcio e vitamina D, é um forte aliado na prevenção da osteoporose.

O debate sobre o acesso de proteínas animais nos leva a outro ponto: segundo projeções do COLAPA (Conselho Latino-americano de Proteína Animal), até 2050, três bilhões de pessoas no mundo passarão a integrar a chamada “classe média”, demandando 60% mas de alimentos de origem animal.

Sabemos que aumentar o número de animais para suprir tal demanda significaria um sacrifício extremo do planeta, que precisaria dispor de mais recursos naturais como terra e água e sofreria com uma elevação significativa na emissões de gases nocivos à camada de ozônio, Por isso, o foco deve voltar-se à saúde dos animais de produção. Dela, depende a saúde do planeta.

A boa saúde animal é também a boa saúde da economia. Estima-se que nos doze primeiros anos do atual milênio, seis incidentes envolvendo a saúde animal custaram ao planeta cerca de R$ 60 bilhões – valor superior ao da economia de países como Gana e Uganda. E o impacto, sublinhe-se, não foi apenas financeiro, mas também social: com estoques alimentares prejudicados, a alimentação de milhares de pessoas foi prejudicada.

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