Destaques Pecuária

Cenário econômico motiva investimentos na Primavera da Pecuária

A Temporada de Primavera da Pecuária Gaúcha inicia nesta segunda quinzena de setembro com boas perspectivas para os produtores de genética no Rio Grande do Sul. A forte demanda verificada no primeiro semestre sinaliza o aquecimento do mercado, que deve se manter em alta ao longo do período.

De acordo com o presidente da Conexão Delta G, Eduardo Eichenberg, os valores comercializados durante a primeira metade do ano, nos diferentes leilões realizados por membros da entidade, inclusive no próprio leilão virtual organizado pelo grupo, foram, senão maiores, pelo menos similares a 2018. “Naqueles eventos em que os valores ficaram parecidos com os do ano passado, identificamos um aumento significativo da oferta, e essa oferta foi absorvida, evidenciando uma demanda do mercado por genética, especialmente, genética de ponta”, observa.

No âmbito geral da pecuária, Eichenberg ainda destaca a valorização das categorias jovens neste primeiro semestre. Terneiras foram comercializadas a preços maiores que em 2018, enquanto a liquidez foi muito alta nos remates de gado de cria, novilhas de reposição e vaquilhonas prenhas. “Tal valorização demonstra, em termos de preço de boi gordo, tendência de elevação de quantias. Claro que os preços ainda são aquém do que gostaríamos, mas estão acima daqueles registrados no ano passado. Há, nesse sentido, uma procura maior que permite esse aumento de preço”, esclarece.

Além disso, como reforça o presidente da Conexão Delta G, o posicionamento do dólar mais alto favorece as exportações junto ao empenho do novo governo em buscar mercados não só para a carne, mas para o agronegócio como um todo. Segundo ele, as exportações desse primeiro semestre superaram em grande número aquelas realizadas no ano passado, chegando a bater recordes não só em volume, mas em preço por tonelada, o que motiva o setor como um todo, desde o terneiro até o touro. “Mesmo ainda enfrentando uma crise econômica no país, e isso é relevante na pecuária de corte, pois cerca de 80% da carne aqui produzida fica no Brasil, ou seja, é dependente do consumo interno, enxergamos cenários animadores a longo prazo. Existem tratativas no âmbito político e econômico que visam a melhorar a situação, acarretando um efeito positivo para toda a cadeia, até por que a pecuária, querendo ou não, é uma atividade de ciclo lento”, avalia.

Foto: Rodrigo Alves Vieira/Divulgação

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *