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Planejamento e manejo integrado são as principais ferramentas contra daninhas resistentes

As plantas daninhas podem ser um dos principais fatores limitantes da produção da cultura da soja. Em Mato Grosso foi registrado, na última safra, aumento da incidência de plantas daninhas nas lavouras ocasionado pelo aumento de espécies de difícil controle, que impactou no custo de produção. Diante deste cenário, é importante que produtor e equipe realizem um planejamento mais robusto e antecipado.

Segundo Autieres Farias, pesquisador da Fundação de apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, a principal forma de controlar plantas daninhas é planejar-se com antecedência, utilizar o manejo integrado, fazer o levantamento correto das espécies das plantas invasoras e seu respectivo estágio de desenvolvimento. “Podendo explorar as técnicas do manejo de cobertura, dessecação antecipada, uso de pré-emergentes e uma boa tecnologia em aplicação de defensivos agrícolas.”

Outra recomendação do especialista, doutor em Fitotecnia, é ter uma visão de sistema, ou seja, ter a capacidade de integrar o passado, analisando o histórico da área; o presente, saber tomar decisão com eficácia e eficiência; e o futuro, com mensuração dos impactos das ações realizadas. Para Autieres, mais do que produzir é importante entender os dados e as informações do passado, do presente e do futuro.

“É essa visão que possibilita as boas práticas agronômicas, ajuda na adoção do manejo integrado, e contribui para o desenvolvimento do potencial produtivo das plantas. É importante integrar o controle físico, o biológico e o mecânico com os herbicidas (controle químico). As aptidões e limitações dos produtos devem ser sempre respeitadas”, explicou o pesquisador.

De acordo com ele, a utilização das plantas de cobertura, como por exemplo, a braquiária e a crotalária, podem ser usadas como controle biológico de plantas daninhas, pois elas cobrem o solo e evitam o aparecimento das plantas invasoras. “Nesse processo as plantas de cobertura acabam competindo com as plantas daninhas, e também produzem compostos aleloquímicos que inibem o crescimento e desenvolvimento das plantas daninhas. Elas devem ser adotados sempre que o nível de infestação de plantas daninhas for muito alto”, pontou Autieres.

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