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Area sem seca mantém-se estável, mas situação hídrica ainda é grave no NE

A área sem seca relativa no Nordeste manteve-se praticamente estável entre os meses de maio e junho, conforme os dados mais recentes do Monitor de Secas. Segundo o processo de monitoramento regular, no primeiro mês, a região apresentava 35,45% do seu território livre de estiagem. Já no último, reduziu para 34,50%.

Em junho, de um modo geral, foram observados índices pluviométricos que acompanharam a média histórica em praticamente toda a região analisada. Apesar disto, ocorreram desvios positivos nos estados do Maranhão – principalmente na porção norte -, Ceará e também no leste do Nordeste. Já nas demais áreas, os totais acumulados foram inferiores a 100 mm, destacando-se uma extensa área na porção oeste da região e também de Minas Gerais, onde as chuvas observadas foram inferiores a 20 mm.

De acordo com relatório, que é coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e desenvolvido conjuntamente com instituições estaduais e federais, a porção central do Nordeste é a que apresenta o cenário mais crítico, totalizando 5,68% do território e concentrado no norte da Bahia e em parte de Pernambuco. Esta área está classificada em seca extrema, que indica possíveis grandes perdas de cultura e escassez de água generalizada.

No comparativo com o mesmo período de 2018, a situação é um pouco melhor. Naquela situação, o Nordeste apresentava apenas 25,11% sem seca relativa, 11,64% em seca extrema e ainda 1,46% com seca excepcional, nível este não observado no mais recente mapa.

Situação hídrica

Em determinados estados com área livre de estiagem, como o Ceará, a situação hídrica não é confortável. Em junho, primeiro mês depois do período principal de chuvas – fevereiro a maio – , as precipitações já começam a reduzir.

Segundo a Funceme, a média do período é de apenas 37,5 milímetros e, neste ano, o acumulado do mês ficou em 28,4 mm. Tal cenário colabora para o avanço da estiagem e, em consequência, redução da área sem seca relativa. Além dos dados de precipitação, o Monitor de Secas considera outras variáveis como os níveis de reservatórios, vegetação e de umidade de solo.

Atualmente, dos 155 açudes do Ceará monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), 76 estão com volume inferior a 30%. Já a soma dos reservatórios do Nordeste como um todo e os estados de Minas e Espírito Santo, a ANA afirma que há 212 na mesma situação.

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