Pecuária

Segurança total

Controle de micotoxinas com aditivos naturais contribui para melhor desempenho na produção de alimentos de origem animal

A utilização de grãos na alimentação de animais de produção os expõe às micotoxinas. A ação dessas substâncias químicas tóxicas produzidas por fungos ocasionam queda no desempenho produtivo, maior índice de mortalidade e incidência de problemas metabólicos nos animais. Atualmente, mais de 500 micotoxinas estão catalogadas, mas somente 1% a 2% são quantificadas mediante técnicas convencionais. A Alltech, uma empresa da área de nutrição e saúde animal elaborou um programa de manejo dessas substâncias, que compreende desde a análise até a indicação da solução adequada caso a caso. O objetivo é minimizar o risco de contaminação dos alimentos por meio da incorporação de adsorventes na dieta. O programa é destinado a várias espécies como ruminantes de leite e corte, aves, suínos, equinos, pets e aquicultura.

No campo, efeitos da umidade e da temperatura na armazenagem da ração, além da presença de oxigênio e o manejo das forragens são alguns dos fatores que contribuem para a proliferação dos fungos. “Para serem proativos, os produtores têm que assumir a responsabilidade de identificar o risco das micotoxinas. Muitos laboratórios comerciais têm a capacidade de identificar um número limitado delas. O problema é que muitas não serão detectadas, pois estão “mascaradas”. Isso pode dar lugar a uma medição incorreta do real risco existente”, avalia o gerente do Programa de Gestão de Micotoxinas, Camilo Beck. A fim de suprir essa lacuna, o programa quantifica o nível de 38 micotoxinas por meio de Ultra Espectrometria de Massa (LC/MS-MS), enquanto as análises tradicionais identificam no máximo cinco.

O programa foi elaborado a partir de pesquisas extensivas e conta com o suporte de laboratórios localizados nos Estados Unidos e Ásia, disponibilizando o serviço de análise para todo mundo. Os métodos analíticos desenvolvidos propõem uma abordagem global para gerenciar o desafio de micotoxinas e viabilizam os resultados em um tempo cerca de dez vezes menor. “Atualmente, é o método de análise que possui o maior espectro do mercado, utilizando o conceito de medição de Quantidade Equivalente de Risco, que equipara a quantidade de toxinas equivalentes. Em seguida, é feita a avaliação de risco e o processo é então finalizado com informe e recomendação das providências necessárias”, explica Beck.

A fim de aprimorar a eficácia do programa, as pesquisas são constantes e investigam os padrões de contaminação em matrizes de rações para capturar melhor os perfis das micotoxinas e os riscos associados para o animal que consome a ração contaminada. O objetivo é buscar a ampliação da proteção da saúde dos animais garantindo qualidade em sua alimentação e segurança nos processos de produção.

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