Agricultura

Mecanização – o peso do “pós venda”

Eficiência do plantio a colheita passa, invariavelmente pelo uso da mecanização, ou seja, de equipamento sofisticados (como as colheitadeiras), que cada ano chegam ao mercado com renovações tecnológicas de grande envergadura e representam investimentos de vulto para o produtor. Cientes da responsabilidade que assumem ao oferecer ao agricultor essas responsabilidade que assumem ao oferecer ao agricultor essas “supermáquinas”, os fabricantes se empenham em dar também toda assistência possível após a venda para que o uso do equipamento possa ser potencializado e representar sempre lucro qualquer tipo de lavoura em que for utilizado.

“Há algum tempo era costumo transformar o tratorista em operador de colheitadeira. Com a complexidade que adquiriram as máquinas, hoje em dia observamos que o proprietários querem conhecer melhor o equipamento, em conjunto com o operador. Houve uma maior consciência na operação da máquina, em toda a sua abrangência”, conta Carlito Eckert, da CNH – fusão da Case e da New Holland.

A política de assistência técnica da CNH começa exatamente com um curso para operadores (extensivo aos técnicos das concessionárias), visando principalmente a eficácia do equipamento na época da colheita. Segundo Eckert, se todas as medidas preventivas forem levadas a termo, tais como “uma limpeza austera” após a primeira colheita, “o custo anual da máquina pode ficar abaixo de 1% do valor total da aquisição da colheitadeira”. A CNH oferece aos seus clientes uma revisão ma hora da colheita, 12 meses de garantia e uma revisão no término da primeira safra. Estes cuidados são justificado pela diversidade de culturas no país, cada qual com um grau maior menor de comprometimento do equipamento. “As lavouras novas, por exemplo, por apresentarem resíduos de abertura de lavoura, são problemáticas. Da mesma forma, as colheitas de arroz e milho são muito desgastantes; a primeira por causa do terreno banhado, muito abrasivo, e a segunda pelo volume alto por área”, explica.

Para a John Deere, outra fabricante de colheitadeiras no mercado, a prevenção contra desgastes e problemas técnicos no pós-venda é feita em quatro frentes distintas. “Nós procuramos atuar junto aos clientes através de publicações técnicas e informativos de serviços, além de treinamento e suporte técnico envolvendo os técnicos das concessionárias quanto os clientes e seus operadores”, esclarece Luiz Sartor, gerente de suporte aos produtos da John Deere. A empresa conta com dois centros de treinamento, um em Horizontina (RS) e outro em Goiânia, em associação com o SENAI local.

Segundo uma estimativa de Luiz Sartor, os custos de manutenção das colheitadeiras variam muito em função de sua utilização e da lavoura trabalhada. “De modo geral, os gastos giram em torno de R$ 3.000,00 a R$ 4.00,00 nos primeiros três anos, e R$ 5.000,00 após completados estes três anos”, aponta Luiz Sartor. “Para minimizarmos que estes custos é importante que o cliente conheça bem a máquina, principalmente no que diz respeito a dúvidas ligadas ao sistema hidráulico e elétrico, que evoluiram muito. “Em busca deste objetivo, a John Deere tem como orientação oferecer seus treinamentos o mais próximo possível da utilização da máquina, levando em consideração o tipo de colheitadeira a ser realizada.

Já para Renato Neutzing, gerente de serviços da Massey Fergunson, as cautelas em relação á manutenção devem ser bastante severas. “O conhecimento da operação e a manutenção da máquina é muito importante, porque a colheitadeira, hoje em dia, é quase uma usina. E de fundamental importância o total conhecido dos seus recursos, para que o agricultor possa atingir o máximo de aproveitamento da sua lavoura”.

A Massey Fergunson têm a disposição de seus técnicos e clientes cinco centros de treinamentos, situados em Canoas, Santa Rosa, Rio Verde, Recife e em Piracicaba (Esalq). Segundo Renato Neutzing, há atualmente uma grande demanda por treinamento de operadores no campo. E seguindo esta linha de atenção ao cliente, a Massey Fergunson conta com um estoque estratégico de peças de reposição durante a safra, principalmente nas concessionárias das regiões sul arroz (irrigado) e centro-oeste, onde as colheitadeiras sofrem maior desgaste. “No que diz respeito á economia do equipamento, a melhor solução é a regulagem constante do equipamento e evitar ao máximo os erros de operação”, finaliza Renato Neutzing.

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