Pecuária

Gerenciamento – quando o olho do “micro” engorda o boi!

O tema básico é o gerenciamento da propriedade rural. A partir daí são subdivididos para várias atividades que podem existir dentro da fazenda. Controle genético e de custos do rebanho de corte, de leite, da agricultura, das máquinas agrícolas, do rebanho equino.

Os programas de computador criados, especificamente para o controle das atividades rurais, começaram a surgir timidamente, junto com o processo de informatização das fazendas. Dentro do universo das empresas entrevistadas, existem hoje cerca de 13,8 mil unidades vendidas. Um número bom, diante da realidade de informatização do setor, e infinitamente pequeno se pensarmos qual o número de propriedades rurais que existem no Brasil.

Um dos mais antigos no mercado, o Farm Office, do Grupo Planejar, de Canoas, RS, tem dentro de seu conjunto, cinco programas. O ADM Rural, destinado a gerenciamento da propriedade, o SGO, de orçamentação, o Pec 2000 para pecuária de corte e de leite, o Grãos, para cooperativas e receptores de cereais e o Haras Plus, para criação de cavalos. conforme Luciano Médici Antunes. Conforme Luciano Médici Antunes, diretor da empresa, já existem 6 mil pacotes destes vendidos para todo o país e muitos deles tiveram uma versão adaptada as necessidades do cliente. “Quem em geral quer uma ferramenta que auxilie no processo de controle de custos, de genética ou de folha de pagamento, de genética ou de folha de pagamento”, salienta Luciano.

O executivo afirma que muitas vezes para que o software tenha total aproveitamento, precisa treinar o usuário a coletar corretamente os dados que serão inseridos no programa. Diz ainda que mantém um sistema de help desk para atender as diversas dúvidas que ocorrem durante a implantação do sistema. “Os nossos software não são complicados, ao contrário, são auto aplicados, mas para quem está pela primeira vez entrando no sistema, parece um grande mistério que logo é desfeito”, ressalta Luciano.

Fruto da necessidade de gerenciamento do rebanho, controle genealógico e de custos da cabanha, o programa Gerenciamento do Rebanho Ovino, foi criado pela Federação Brasileira dos criadores de Ovino Carne, Febrocarne, há cerca de três anos atrás. Conforme explica Luiz Fernando Nunes, presidente da entidade na época, o software é bastante simples e serve como uma ferramenta para que os criador melhor se organize na gestão da cabanha. O volume de vendas é muito pequeno “porque não encontramos ainda um parceiro que faça a distribuição e o marketing do produto”, salienta.

Com três produtos básico, o ADM Agrícola e ADM máquinas, a Agrisoft Software, de São Paulo, a já conquistou uma base de 4 mil clientes. Os programas também são de gestão sendo que os dois últimos podem ser utilizados cruzando os dados porque estão em atividades mais afins. Para o diretor da empresa, Marcelo Tacchi, até há bem pouco tempo, a informatização da propriedade era vista como algo de sonho, distante. Com a mudança da economia, depois da implantação do Real,aonde ou melhor utilizado, passou a ter grande valor,o interesse pelo controle e gerenciamento cresceu. “Com isto, cresceram as vendas de computadores para as propriedades e de programas específicos para cada uma nelas”, salienta Marcelo.

Hoje ele consegue identificar o perfil do cliente por cinco tipos: o que está no vermelho e precisa diminuir custos, o profissional da área, tecnificado e que acha importante esta informatizado, o proprietário que mora em um grande centro e precisa acompanhar o que está acontecendo na fazenda, e o filho do produtor que quer introduzir tecnologias para gerenciamento. “Isto demonstra que estão havendo mudanças, mesmo que pela força de problemas econômicos, o que é muito bom para o setor”, acredita.

Eleito por duas vezes o melhor software rural do país, o Congado surgiu de uma parceria entre a mineira Alma Informática e uma técnico em zootecnia. Conforme diz Alexandre Faria, o produto tem quatro anos no mercado e já foi comercializado para 3800 clientes no Brasil. O diferencial que faria aponta é a sua simplicidade no uso, justamente porque foi idealizado por gente que está no campo todos os dias. Com a mesma filosofia, a Alma lançou há um mês, o Galope, para gerenciamento de haras e criação de cavalos. Os dois produtos fazem controle financeiros e zootécnico. Faria acredita que o mercado para softwares neste setor tem ainda muito que crescer, possuindo uma fronteira totalmente aberta. “Nós ainda nem chegamos no 1% de mercado, imagina o que ainda tem para explorar”, exclama.

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