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Eficiência no manejo do solo

Os investimentos em conhecimento e especialização para o desenvolvimento sustentável e crescimento da agricultura brasileira têm sido cada vez mais fundamentais para que a atividade agrícola do país atinja os resultados desejados, tanto em produtividade quanto em benefícios para o produtor.

 

Com o objetivo de contribuir para que esse processo seja realizado de forma assertiva, o Programa SolloAgro de Educação Continuada em Agricultura Sustentável, do Departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), promoverá, no dia 27 de março, um painel online sobre Manejo Fitossanitário para Altas Produtividades.

 

Serão três palestras de trinta minutos cada, com temas interligados. Na sequência, acontecerá uma mesa redonda de mais trinta minutos, coordenada por um moderador, com discussão entre os palestrantes e respostas aos questionamentos dos participantes.

 

Os palestrantes convidados para o painel são o Prof. Pedro T. Yamamoto, do Departamento de Entomologia e Acarologia (ESALQ/USP), , que falará sobre o Manejo de Pragas, o Prof. Pedro J. Christoffoleti, do Departamento de Produção Vegetal (ESALQ/USP), explorando o tema Manejo de Plantas Daninhas, além do professor Prof. José Octávio M. Menten, do Departamento de Fitopatologia e Nematologia (ESALQ/USP), que abordará o Manejo de Doenças e Registros de Produtos.

 

De acordo com o professor Yamamoto, o conceito de Manejo Integrado de Pragas (MIP) foi desenvolvido para diminuir ou eliminar os efeitos colaterais indesejáveis da utilização indiscriminada de produtos fitossanitários, tais como resistência de praga, surtos de pragas secundárias e ressurgência da praga alvo de controle. Com isso, é possível evitar a contaminação ambiental, a presença de resíduos em alimentos e no solo, além da morte de organismos não-alvos. “O MIP busca a estabilidade do agroecossistema e menos efeitos danosos das pragas, com melhoria do equilíbrio biológico e da sustentabilidade do sistema. O produto final que se espera é a menor dependência”, explica.

 

Já, segundo o professor Christoffoleti, o objetivo da agricultura moderna é produzir mais por menos, procurando preservar a sustentabilidade dos sistemas produtivos, tanto no aspecto ambiental quanto econômico. “Para obtenção deste propósito é essencial que as tecnologias estejam pautadas em genética avançada, melhoria da eficácia de uso dos recursos do ambiente de produção e manejo inteligente dos fatores redutores de produtividade”. Acrescenta que, neste último fator, destacam-se as perdas provocadas pelas plantas daninhas, que podem ser da ordem de 35%. “Para seu controle, o manejo integrado é com certeza a melhor alternativa, porém a principal ferramenta utilizada são os herbicidas. Assim, é fundamental conhecer o comportamento dos herbicidas nas plantas e no solo, sua eficácia de controle e sua seletividade para as culturas”, avalia.

 

No quesito manejo de doenças e registros de produtos, o professor Menten destaca que as doenças de plantas causam danos de cerca de 15% no rendimento de culturas agrícolas. “Dentre os diversos métodos de manejo, os fungicidas têm papel importante. Caso não sejam usados, os prejuízos médios podem chegar a 20%. Fungicidas mais novos são mais eficientes, usados em menores doses e com menores toxicidade e efeitos ambientais adversos. São mais amigáveis”. Ainda, segundo Menten, os fungicidas só podem ser comercializados e utilizados após serem registrados. “Um dos grandes problemas é a morosidade de registro de novos fungicidas, em especial com novos mecanismos de ação. Há necessidade de se modernizar a legislação e os procedimentos de registro no Brasil”, observa.

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