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Desafio da Pecuária Responsável 2023 já tem seu vencedor

A Phibro anunciou, no último dia 19 de outubro, o vencedor do segundo Desafio da Pecuária Responsável, projeto da empresa, que visa incentivar práticas sustentáveis na criação de bovinos de corte e leite, mas com um foco especial no fator humano, peça importante em todo o processo. “A escolha do tema deste ano foi difícil. A questão de sustentabilidade é muito ampla, mas aceitamos o desafio. E o resultado mostrou como as pessoas podem impactar positivamente os pilares da sustentabilidade”, comemora Ivan Fernandes, diretor de marketing da Phibro e o principal responsável pela inciativa.

O alto nível dos projetos inscritos chamou a atenção, o que, para Fernandes, foi uma surpresa muito positiva. “Foram projetos muito distintos, um perfil de concorrentes muito diverso, com histórias diferentes, mas todas com o mesmo propósito, e o que é melhor: ideias que podem ser replicadas ou que servem de inspiração para todos que buscam esse objetivo”.

Miguel Rech, vencedor da edição 2023.

Os dez semifinalistas apresentados, passaram por curadoria especial e gratuita, conduzida por Mauricio Palma Nogueira, da consultoria Athenagro, que durará até 10 de outubro. Na semana seguinte, o comitê técnico – que também inclui Embrapa Gado de Leite, Notícias do Front e Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Industrializadas (Abiec), além da Phibro – selecionou os três finalistas.

“Os projetos confirmam toda a minha crença no futuro positivo da pecuária no país. Dos 38 trabalhados inscritos, 37 se adequaram plenamente a proposta, um feito impressionante”, afirma Nogueira, ressaltando que, mesmo com toda a sua experiência nesse segmento, pôde aprender muita coisa nova. “Isso é muito gratificante, e mostra que quem vive o dia-a-dia da fazenda tem sempre muito a ensinar”, completa.

O vencedor do desafio foi Miguel Rech, um administrador de 72 anos, de Nova Monte Verde/MT. Projeto da Fazenda Caruru teve como objetivo intensificar o sistema de cria, dobrando a capacidade de lotação de matrizes na mesma área de pasto. As estratégias incluíam análise de solo, viabilidade econômica e sustentabilidade. Ambientalmente, o projeto busca reformar pastos sem revolvimento, criar corredor ecológico com árvores nativas e melhorias para o bem-estar animal. Os resultados esperados englobam tanto uma maior produtividade, como também a preservação dos recursos naturais.

Este ano, a Embrapa Gado de Leite também deu sua contribuição ao projeto. De acordo com Luiz Gustavo Pereira, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, aferir o nível de conhecimento e comprometimento dos produtores, através dos projetos participantes, é uma injeção de ânimo para quem vive da pesquisa agropecuária. “É gratificante ver que aquilo que a gente começou a pesquisar há 15, 20 anos atrás, já chegou ao campo, e o melhor de tudo, é ver o produtor sendo remunerado pela adoção dessas práticas regenerativas”, festeja Pereira, ressaltando que o papel da Embrapa vem sendo cumprido, que é desenvolver novos conceitos e tecnologia que ajudem o produtor a buscar mais produtividade, com responsabilidade social e ambiental.

Foto: Davi Canto

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