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Pretaterra ensina como começar uma agrofloresta

É crescente o número de pessoas que têm intenção de criar um sistema agroflorestal, seja na forma de uma pequena horta caseira ou em grande escala, para produzir alimentos a serem comercializados. Mas como começar? O primeiro passo, de acordo com Valter Ziantoni e Paula Costa, fundadores do hub de inteligência agroflorestal Pretaterra, é fazer um estudo do ambiente a ser usado para o cultivo.

“É importante avaliar quais são as fontes de água disponíveis no local, quais são os tipos de clima predominantes…”, diz Paula. Também é preciso decidir que espécies serão cultivadas, por exemplo, se será plantada uma espécie “carro-chefe” ou não – como o café ou a pimenta do reino, espécies que contabilizam a maior parte da renda do sistema. “Uma dica é trabalhar com espécies que o produtor já tenha certa familiaridade, para o projeto ter melhores chances de sucesso”, afirma Ziantoni. Outros pontos que devem ser considerados ao começar uma agrofloresta são o histórico da região, a pluviosidade, o relevo e as características físicas e químicas do solo.

Uma vez entendidas todas essas informações, já é possível dimensionar a área para o plantio e planejar de que forma serão plantadas as culturas, considerando os seus espaçamentos, os estratos que elas ocupam e como elas vão se interrelacionar no sistema. Também é preciso considerar as funcionalidades ecológicas e as zonas de preservação. “O passo a seguir é botar a mão na massa”, diz Ziantoni.

As agroflorestas trazem benefícios para as produções, como a sustentabilidade e a resiliência, além do aumento da variedade de culturas – e para a região, como a melhoria da qualidade da água e a transformação do solo. “Um bônus é a diminuição da pegada de carbono”, afirma Paula.

Foto: Divulgação Pretaterra / Marco Agency

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