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Seis dicas para a fase final do manejo da lavoura de soja

No Brasil, a expectativa é grande para a colheita de soja. Estimativas recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam um volume de produção em torno de 153,5 milhões de toneladas na safra 2022/23.

Com cerca de 43,2 milhões de hectares em todo país dedicados à cultura da soja, os agricultores devem estar atentos ao mehor manejo, preparando-se para fase final de manejo da lavoura até a colheita de soja. Com o intuito de auxiliar neste período, o gerente sênior de Desenvolvimento Técnico de Produto de Soluções para Agricultura da BASF, Sérgio Zambon, preparou seis dicas para os agricultores  que desejam colher uma safra de qualidade e ter mais rentabilidade.

1 – Tecnologia de aplicação: manutenção e regulagem de pulverizadores

A pulverização é uma das atividades que merecem atenção redobrada. Além das perdas que podem ser causadas pelo amassamento das culturas e má conservação dos equipamentos, é possível ter perdas financeiras  e de produto devido às calibrações inadequadas. Alguns procedimentos básicos devem ser tomados antes de iniciar a pulverização, como checar as condições climáticas ideais (temperatura entre 20°C-30°C, umidade 70%-90% e velocidade do vento de 3-10 km/h), usar água de boa qualidade.

2 – Utilizar mão de obra capacitada para realizar as atividades

A mão de obra qualificada é um desafio constante para a agricultura. De acordo com a Norma Regulamentadora nº 12, as máquinas e os demais equipamentos precisam ser operados por profissionais devidamente habilitados, e esse tipo de capacitação é fornecida pelo empregador. “O ideal é que produtores rurais ofereçam cursos técnicos profissionalizantes aos funcionários”, afirma Zambon, também destacando a importância da utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado. Os cursos geralmente disponibilizam as bases teóricas e práticas necessárias para que os trabalhadores consigam exercer sua devida função em segurança e garantindo a produtividade para o negócio.

3 – Utilizar produtos adequados e eficientes e cuidar a seletividade de produtos para o cultivo

Existem dois tipos de seletividade: a ecológica, na qual se utiliza os produtos químicos de forma que ele não atinja diretamente os inimigos naturais, baseando-se nas diferenças ecológicas e comportamentais entre ele e a praga. E a seletividade fisiológica, que é baseada nas diferenças fisiológicas entre pragas, predadores e parasitoides. A seletividade pode ser referente à dose utilizada ou ao modo de ação. E não menos importante é a seletividade dos produtos as plantas, optando pela escolha de produtos com formulações menos agressivas e que não provoquem injúrias às plantas. “É importante atentar-se a esse fator para pedir à equipe técnica responsável para verificar a seletividade dos produtos utilizados na lavoura”, garante o gerente.

4 – Ficar de olho no clima

O manejo eficiente deve levar em conta uma série de fatores, entre eles o clima antes e durante a proteção das plantas. Evite realizar pulverizações horas antes da ocorrência de chuva, ou na presença de orvalho. Ventos fortes também prejudicam o resultado final da pulverização podendo deslocar as gotas para fora do alvo a ser atingido. De uma maneira geral, a temperatura ideal para a aplicação de soluções na lavoura está entre 20ºC e 30ºC e a umidade relativa do ar acima de 60%.

5 – Planejar a colheita

A má regulagem das colheitadeiras pode aumentar essas perdas, aumentar o número de plantas voluntárias e reduzir a margem de lucro do produtor. Por isso, é necessário se programar e fazer manutenções periodicamente,  ficar atento à velocidade de operação, fazer o acompanhamento de eventuais perdas para entender o progresso do trabalho e, novamente, investir em capacitação de mão de obra para operar o maquinário.

6 – Programar o transporte e armazenamento dos grãos

O armazenamento e transporte de grãos devem aparecer na lista de prioridades de todos os agricultores e cooperativas. Além do aspecto financeiro, também está em jogo a qualidade nutritiva do produto. É necessário, nessa fase, tomar cuidados com a umidade dos grãos, de limpeza, controlar pragas, fazer transporte em caminhões adequados e utilizar galpões lonados ou silos para armazenar a carga. “Esse conjunto de boas práticas é o ponto de partida para se obter longevidade da lavoura e garantir o máximo de rentabilidade na colheita. Em conjunto com as soluções da BASF, o agricultor pode garantir mais uma boa safra”, finaliza Zambon.

Foto: Julio César García / Pixabay

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