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Investimento em nutrição é estratégia para minimizar o estresse térmico

As altas temperaturas que chegam com o verão evidenciam um problema que os produtores de leite conhecem bem: o estresse térmico. Vacas ofegantes, babando, consumindo menos matéria seca e redução na eficiência produtiva e reprodutiva do rebanho podem ser cenas comuns em propriedades que não dão a devida atenção ao tema. Conforme destaca a gerente técnica de bovinos da Phibro Saúde Animal, Vanessa Carvalho, o estresse térmico para bovinos de leite acarreta distúrbios metabólicos e maiores chances de o animal adoecer, devido à menor eficiência do seu sistema de defesa. “No Brasil, em razão do clima tropical predominante, a maioria das regiões passa em algum momento do ano por temperaturas que podem impor o estresse térmico aos animais”.

Doutora em nutrição de ruminantes, ela destaca os dados do projeto TransPhormar, conduzido pela Phibro, que avaliou mais de 5 mil animais e observou que, ao longo do ano, nos diferentes estados, as vacas em lactação passaram em média 39% do tempo em estresse térmico, ou seja, com temperatura corporal maior que 39,1 graus.

Outros estudos apontam que as perdas na produção podem chegar a 20% com o problema. Ou seja, no Brasil, poderiam ser perdidos até 7 bilhões de litros de leite, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram produção anual de 35,4 bilhões de litros. Além disso, podem ser contabilizados prejuízos como o uso ineficiente de nutrientes e a diminuição de componentes do leite, como a gordura e a proteína.

“Por outro lado, vacas em boas condições de bem-estar produzem mais leite, apresentam melhores índices reprodutivos, têm menos problemas de saúde e, desta forma, ficam mais tempo no rebanho”, comenta Vanessa. Para driblar as altas temperaturas e amenizar os seus efeitos, a especialista recomenda aos produtores que implementem sistemas de resfriamento e utilizem suplementos nutricionais no manejo dos animais, como OmniGen-AF, produzido pela Phibro, que age melhorando a ação dos mediadores de saúde, reduzindo o cortisol.

Dados de estudo brasileiro conduzido pelo professor José Luiz Vasconcelos na Universidade Estadual Paulista (UNESP) mostram que vacas suplementadas com OmniGen-AF ficaram cerca de 50% do tempo a menos em estresse térmico e produziram 3,2 litros por dia a mais do que as vacas do grupo controle. “Vários trabalhos mostram a eficiência de OmniGen-AF para diminuir a temperatura corporal e a frequência respiratória e melhorar a produção de leite em momentos de estresse térmico”, pontua a gerente, destacando que o investimento em nutrição animal é essencial para manter níveis satisfatórios de rentabilidade do rebanho.

Foto: Divulgação Phibro / Texto Assessoria

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