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Manejo de pragas e doenças garante produtividade no algodão

A recuperação esperada do mercado para o algodão na safra 2021/2022 deve representar uma virada de página para a cotonicultura brasileira. A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de uma elevação de 15,8% em relação à temporada 2020/2021, com produção de 2,71 milhões de toneladas da pluma. “A demanda interna e externa estará mais aquecida no próximo ano, por isso devemos ter mais áreas destinadas ao cultivo. Com essas expectativas, o produtor deve intensificar as boas práticas no campo para conseguir contornar as possíveis perdas por pragas e doenças e seguir com uma boa safra”, comenta o Diretor de Marketing de Portfólio de Proteção de Cultivos da Bayer, Mauro Alberton.

Com as instabilidades climáticas que podem se estender até a próxima temporada, o cotonicultor deve ficar atento à incidência das doenças foliares, das lagartas e do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), que têm causado grandes perdas para o algodão nos últimos anos, principalmente no estágio de florescimento e enchimento dos frutos. “É de extrema importância a escolha de variedades menos suscetíveis, o monitoramento contínuo da lavoura e as aplicações corretas de fungicidas e inseticidas para obter o máximo de produtividade”, completa Alberton.

No Cerrado, onde se concentra a maior parte da produção nacional da pluma, as condições climáticas, de alta umidade, são favoráveis à incidência de fungos, com destaque para a mancha de ramulária (Ramularia aréola) e a mancha alvo (Corynespora cassiicola).

Quando o assunto é praga, segundo o especialista, o produtor deve se atentar ao bicudo-do-algodoeiro – que pode reduzir em até 70% a produtividade da pluma. Diversas características tornam o inseto uma praga de difícil controle no algodão, entre elas a diapausa (hibernação da praga), o ciclo biológico curto e a alta capacidade reprodutiva. Por isso, entre as estratégias de manejo da praga, a aplicação de inseticidas é uma importante ferramenta.

Foto: Shutterstock

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