Edição do Mes Pecuária

Genética e gestão alavancam produção leiteira em SC

Rural 275 / Junho 2021 – A bacia leiteira do município de Itapiranga, no extremo oeste catarinense, obteve crescimento de 133% na produção nos últimos 14 anos, mesmo com a redução de 36,7% no número de produtores rurais que atuam na atividade. Conforme levantamento, em 2007, eram 900 criadores com produção de 30 milhões de litros/ano. Em 2021, o número de produtores caiu para 570 e o volume cresceu para 70 milhões de litros/ano.

Esses resultados positivos na evolução produtiva foram possíveis pelos investimentos no aprimoramento dos processos e na melhoria da gestão das propriedades. Entre as iniciativas estão as consultorias para certificação das propriedades rurais como livres de tuberculose e brucelose, realizadas pelo Sebrae/SC, pela Prefeitura de Itapiranga e pelo Instituto de Desenvolvimento Regional (IFAI). Os recursos para execução dos trabalhos são provenientes do Programa de Consultoria Tecnológica do Sebrae (Sebraetec). O plantel leiteiro de Itapiranga é formado por 20.500 animais, com 16.200 vacas em lactação, que tem uma produtividade média de 11,92 litros/dia/vaca. Esse indicador de produtividade é superior à média nacional de 4,38 litros/dia/vaca (SIS) e também do índice mundial de 9,66 litros/dia/vaca (IEPEC). A produção local no ano passado foi de 68 milhões de litros de leite.

“A matéria-prima de Itapiranga atualmente tem um grande respaldo no cenário estadual por vários fatores, a exemplo dos trabalhos desenvolvidos ao longo desses anos, pelo empenho e pelo comprometimento dos produtores. Esse status que conquistamos de sanidade animal e a visão do segmento lácteo com foco no mercado mundial são reconhecidos, tanto que o município está entre os três melhores na gestão e na erradicação dessas duas zoonoses”, enaltece o consultor credenciado ao Sebrae/SC, Lazie De Col.

Para o prefeito Alexandre Ribas é fundamental pensar e executar estratégias voltadas ao futuro da atividade, para ampliar a produtividade e reduzir o impacto das frequentes estiagens e da praga da cigarrinha no milho, também utilizado para alimento dos animais. “Os produtores precisarão investir em tecnologias para produção de alimentos e para o desenvolvimento tecnológico, gerenciando os processos por meio de indicadores”, enfatiza.

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