Negócios

Alta produção de alimentos reflete na demanda por fertilizantes

O Brasil continua sendo uma grande potência na produção de alimentos, mesmo durante a pandemia de Covid-19. A estimativa é que a produção de grãos em 2021 ultrapasse a safra 2019/2020, garantindo ao país uma ótima posição entre os maiores produtores agrícolas do mundo.

A expectativa é produzir 271,1 milhões de toneladas de grãos este ano, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A soja mostra sua importância com produções recordes, criando cenários otimistas para o agronegócio brasileiro durante o segundo ano de pandemia.

Com a alta produção de alimentos e o sucesso da safra, aumenta também a demanda por fertilizantes – os chamados adubos – para enriquecimento do solo e reposição de nutrientes perdidos durante a colheita.

As empresas do setor portuário, que fazem movimentações cada vez maiores de fertilizantes, aumentam sua capacidade para atender a alta demanda. No Paraná – com os portos de Paranaguá e Antonina, que mais recebem fertilizantes no Brasil – a movimentação de fertilizantes este ano já representa 43% de tudo o que passou pelos portos, ultrapassando 3,2 milhões de toneladas de adubos.

Crescimento de movimentação – Empresa que opera com fertilizantes há três décadas, a Fortesolo é uma companhia que acompanha a alta demanda dos compostos de enriquecimento do solo que chegam ao país. Para atender o aquecimento do mercado, obras de ampliação aumentam a capacidade de armazenamento, como explica o diretor-presidente da Fortesolo, Marco Ghidini.

“A alta na demanda exige ainda mais agilidade nas operações e equipe preparada. Além disso, nossa capacidade de armazenamento de fertilizantes também precisa acompanhar este crescimento na movimentação. Nossa atual capacidade chega a 205 mil toneladas armazenadas, mas com as ampliações chegaremos a 235 mil toneladas até o próximo ano”, declara Ghidini.

A demanda por fertilizantes deve atingir novos patamares em 2021. De acordo com a Mosaic Fertilizantes, só em 2020, o crescimento da indústria dos compostos foi de 6%, o dobro da média de 2 a 3% por ano. Para 2021, é estimado o recorde de 40 milhões de toneladas.

Essa alta deve contribuir para que o Brasil também atinja produções recordes no agronegócio como um todo. Só em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio expandiu 24,31%, segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

“Nós vemos o Brasil produzir em grande escala, abastecendo o mercado nacional e internacional com sua excelente produção agrícola. Os fertilizantes desempenham um papel fundamental nessa produção, garantindo qualidade do solo e sucesso na safra”, pontua Ghidini.

Geração de empregos

Além do crescimento em número de movimentações, o agronegócio também foi protagonista na geração de empregos. Segundo a CNA, em 2020, o agronegócio gerou o seu melhor resultado em geração de emprego dos últimos 10 anos. O setor contribuiu com mais de 60 mil postos de trabalho.

Esses novos trabalhadores ajudam a manter a alta produtividade. Para cada operação no navio, a Fortesolo, por exemplo, necessita da atuação de aproximadamente 25 funcionários por turno. “Atualmente, temos 98 colaboradores diretos. A equipe precisa estar sempre bem alinhada, seguindo protocolos de segurança e atenta à produtividade e as necessidades do cliente. Os bons resultados são fruto da força de trabalho de cada um dos nossos colaboradores”, finaliza Ghidini.

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