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Embrapa e instituições francesas pesquisam genética da macieira

Desvendar o complexo processo de dormência e genética do florescimento da macieira e trabalhar na fronteira do conhecimento é o foco do acordo de cooperação técnica assinado entre o chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, José Fernando Protas, e os presidentes de duas importantes instituições da França: o Instituto Nacional de Pesquisa para Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente (INRAE), Phillipe Mauguin, e do Instituto Nacional de Estudos Superiores Agronômicos de Montpellier (Montpellier SupAgro), Anne-Lucie Wack.

O ato é mais um instrumento que reforça a parceria entre as equipes da Embrapa e das instituições francesas no projeto DormAp (SEG 12.15.12.001.00.00) e no memorando de entendimento celebrado em maio de 2018. O acordo, chamado de LIA (Laboratoire International Associé), poderá abrir portas para outros projetos e colaborações entre as três organizações, sob a liderança dos pesquisadores Luís Fernando Revers (Embrapa) e Evelyne Costes (INRAE).

“O acordo possibilitará a união de esforços para captação de financiamento para projetos de pesquisa em editais brasileiros e europeus, assim como troca de experiências, conhecimento, métodos e estratégias de experimentos com abordagens genéticas e moleculares”, explica Revers. O principal objetivo da parceria é gerar tecnologias visando a contribuir para a garantia da sustentabilidade da cultura da macieira no cenário de mudanças climáticas globais.

Articulação do Labex Europa

Segundo o coordenador do Labex Europa, Vinícius Guimarães, a assinatura da parceria reforça o histórico de cooperação, especialmente com o INRAE, cuja estrutura mais se assemelha à da Embrapa. “A presença do Labex  na França tem contribuído muito com esse fortalecimento”, disse. Na cooperação para o LIA, Guimarães lembra que as equipes já estavam em contato quando o Labex Europa foi acionado para contribuir com as tratativas que resultaram na assinatura do acordo.

“Havia exigências a serem cumpridas por parte das instituições e, apesar de não haver previsão de recursos, o acordo de cooperação estabelece objetivos comuns para o estudo da cultura da macieira e principalmente explicita a busca por fontes de financiamento pelas instituições envolvidas”, comentou. Para o coordenador do Labex, o compromisso de todos na busca de financiamento vai ampliar as possibilidades de sucesso. “Poderemos investir em várias frentes em diferentes países”.

O INRAE nasceu em 1º de janeiro de 2020, resultado da fusão entre o Instituto Nacional de Pesquisas Agronômicas (INRA) e o Instituto Nacional de Pesquisa em Ciência e Tecnologia para o Meio Ambiente e a Agricultura (IRSTEA).

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