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Ter lipídios na dieta em confinamento é bom, mas requer atenção

Durante o período de confinamento, a alta inclusão de grãos e/ou o processamento dos mesmos predispõem os animais a certos distúrbios metabólicos que podem comprometer a saúde e o desempenho do rebanho confinado. Entre esses distúrbios podemos destacar a acidose ruminal. Animais alimentados com grandes quantias de grãos apresentam um ambiente ruminal ácido (pH < 5.8) que, por sua vez, pode afetar a utilização da dieta como um todo. Uma alternativa para reduzir esses riscos é a inclusão de lipídios na dieta, já que os mesmos apresentam um maior teor de energia comparado ao milho. Entretanto, o fornecimento excessivo de lipídios não protegidos dentro do rúmen pode causar problemas ao animal.

“No rúmen, o fornecimento de gordura não protegida em certos níveis na dieta pode resultar em menor aproveitamento dos nutrientes, morte bacteriana, menor consumo de ração e, consequentemente, menor desempenho. Nesse cenário, a utilização de Nutri Gordura®, a gordura protegida da Nutricorp, se torna extremamente benéfica para o sistema produtivo, já que diminui significativamente o efeito negativo da gordura dentro do rúmen e, garante ainda que os ácidos graxos sejam entregues e absorvidos no intestino dos ruminantes”, orienta Bruno Cappellozza, Gerente P&D da Nutricorp.

Os problemas ruminais normalmente estão associados aos problemas com a estratégia nutricional adotada para o momento e, por esse motivo, é importante estar atento à qualidade, quantidade e ao que se oferece na dieta, pois isso pode representar gastos financeiros a mais com o excesso de nutrientes que não serão aproveitados em sua totalidade e até mesmo doenças que podem acometer os animais.

A acidose é uma das grandes vilãs e que pode afetar o rebanho com maior ou menor intensidade, dependendo de como ela for classificada. “Ela pode ser classificada como clínica ou subclínica. Nos sistemas produtivos, a acidose subclínica acaba sendo aquela de maior impacto, uma vez que o produtor não consegue identificá-la prontamente e, suas perdas produtivas e financeiras acabam sendo significativas. A acidose clínica é aquela que o produtor consegue identificar e tomar ações para remediar o problema”, explica Bruno. Quando a acidose acontece, o animal pode chegar a parar de consumir a quantia determinada de matéria seca para alcançar os ganhos definidos para o confinamento, mas, além disso, a saúde e, consequentemente os aspectos produtivos (ganho de peso vivo, o ganho de peso diário, a eficiência alimentar, a produção de @ e a conversão biológica) acabam sendo prejudicados, levando a menor rentabilidade da operação ao produtor.

Para que a saúde do bovino de corte não seja prejudicada durante o confinamento, e isso não implique no bolso do pecuarista, é muito importante manter uma dieta balanceada em nutrientes e manter a observação dos animais. “Ter profissionais bem preparados é crucial, além de um manejo nutricional eficiente. Afinal o índice que pode trazer alguma pista de um quadro de acidose é o consumo da matéria seca e a observação do rebanho confinado”, orienta Bruno.

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