Direto da Redação Eventos

Mudanças climáticas impactam na disponibilidade de água

Um dos principais impactos das mudanças climáticas para a agricultura é o déficit hídrico. Segundo o pesquisador Giampaolo Queiroz Pellegrino, da Embrapa Informática Agropecuária, tanto o aumento da temperatura média, como a maior frequência de eventos extremos (enchentes, secas prolongadas, inundações, etc.), causados pelo aquecimento global, vão afetar diretamente esse setor.

O tema Mudanças climáticas e água estará em pauta na palestra de abertura do VI Simpósio de Produção Animal e Recursos Hídricos (SPARH), que ocorre nos dias 19 e 20 de março de 2020. O evento é realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP). As inscrições podem ser feitas até o próximo dia 23 de fevereiro pelo site www.bit.ly/sparh2020.

Durante a apresentação, Pellegrino vai falar sobre consequências das mudanças climáticas para a agropecuária e como a produção de alimentos é afetada. De acordo com ele, a pecuária será impactada pela redução na qualidade e quantidade de pastagem e de água, o que provavelmente deve resultar em menor produção de carne e leite, queda dos índices reprodutivos, incidência maior de pragas e doenças etc.

Esse cenário exige que se invista em formas de mitigação desses impactos e de adaptação dos sistemas produtivos. Pesquisadores da Embrapa estão trabalhando com tecnologias para uma pecuária sustentável e mitigadora de gases de efeito estufa, como o uso de modelos de produção alternativos, por exemplo, a integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Esse tipo de sistema é uma forma de promover a intensificação com maior eficiência, menor pressão por abertura de novas áreas e desmatamento de florestas, sequestro de carbono, maior produção com melhoria da qualidade ambiental (água, solo, biodiversidade, etc.) e com incremento na produtividade.

O coordenador do SPARH, Julio Palhares, conta que o tema de comemoração do Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, será Água e Mudanças Climáticas: como proteger a vida. Também ressalta que esta década foi escolhida como a década do clima. “Se vamos fazer alguma coisa, temos que fazer agora para que até 2030 consigamos reduzir nossas emissões e manter a temperatura do planeta em um valor seguro”, destaca.

O evento vai discutir esses desafios e como a pesquisa e a cadeia produtiva podem contribuir para minimizar os impactos relacionados às produções animais e ao consumo de água.

 

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