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Fatec forma profissionais para levar big data ao agronegócio

Profissionais que têm conhecimentos sobre plantio, pulverização, irrigação, colheita, manejo do solo e monitoramento de pragas e que sabem como lidar com linguagens de programação, computação em nuvem e implementação de coleta e transmissão de dados. Esse é o perfil dos alunos da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Pompeia que se formam nesta sexta-feira (7), depois de terem estudado na primeira turma do curso superior tecnológico de Big Data no Agronegócio.

A formação, única no Brasil, começou a ser oferecida em 2017 pelo Centro Paula Souza (CPS), em parceria com a Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, mantida pela Jacto, com apoio de empresas como Intel, Totvs e SAP. O conteúdo programático foi baseado em cursos de mestrado oferecidos na Finlândia e nos Estados Unidos e a metodologia ativa veio do Canadá.

Os tecnólogos que saem da Fatec com todos esses conhecimentos e habilidades chegam a um mercado de trabalho aquecido e carente de profissionais com essa especialização. “O agronegócio movimenta muito dinheiro e é uma área em que a tecnologia da informação está subutilizada”, diz o coordenador do curso, Luís Hilário Tobler Garcia.

Formação para a indústria

Além de formar profissionais, a Fatec precisou preparar empresas para contratar seus alunos. A Região de Marília, onde está a faculdade, tem indústrias do setor de alimentos que não absorveriam os tecnólogos com essa especialização porque não sabiam como aproveitar sua formação.

Para equacionar esse dilema e evitar que os jovens fossem trabalhar em outras regiões do Estado, a Fatec, a Fundação Shunji Nishimura e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) desenvolveram o curso Digital Transformation Experience (DTX), que já foi levado a 22 empresas da região. “Os alunos precisaram encontrar soluções digitais para essas companhias”, conta um dos idealizadores do curso de Big Data e diretor de Novos Negócios da Jacto, Tsen Chung Kang.

Para ele, um dos aspectos mais relevantes da formação da Fatec é o desenvolvimento de habilidades como entrega de resultados, proatividade, autonomia e empreendedorismo. “Nós buscamos fomentar uma cultura que mostre ao aluno o que é um profissional altamente competente.”

Rafael Faleiros dos Santos Petraca, de 20 anos, diz que ouviu falar dessas competências já no primeiro dia de aula. “Esse curso mudou a minha vida”, afirma. “Eu nunca fui bom aluno, mas me dediquei demais na Fatec.”

Ele, que pretendia estudar Engenharia Ambiental, não tinha afinidade com tecnologia, mas hoje trabalha em uma startup que faz a intermediação entre prestadores de serviços com drones e quem precisa desse tipo de trabalho. “Uma das coisas que eu aprendi na Fatec é que ninguém cresce sozinho. Eu vivo isso e procuro passar essa ideia para o máximo possível de pessoas.”

Mecanização em Agricultura de Precisão

A 15ª turma do curso superior tecnológico de Mecanização em Agricultura de Precisão também participa da formatura na noite desta sexta-feira. O evento terá a participação da diretora-superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá.

 

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