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Período quente e úmido aumenta ameaças às lavouras de HF

O período de chuva e calor se aproxima e assim os consumidores encontram desafios em comprar hortaliçasbaratos e com qualidade. Os horticultores também encontram dificuldades de produzir nos meses de novembro a fevereiro, por conta das temperaturas elevadas e maior ocorrência de chuvas. Chuvas pesadas estragam as folhas que são tenras e também favorecem o surgimento de fungos e bactérias nas lavouras, segundo opesquisador do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Luís Felipe Villani Purquerio. Para driblar esse cenário desfavorável, a recomendação é a produção em cultivo protegido, que evita perdas causadas por condições climáticas desfavoráveis.

Purquerio explica que há estruturas simples e outras extremamente tecnológicas, com sistema de ventilação, nebulização e outros aparelhos utilizados no controle ambiental. Seja qual for o perfil da estrutura, é necessário que esses recursos sejam bem dimensionados para que atendam de forma eficiente à cultura. Caso contrário, alerta o pesquisador, o investimento não será tão compensatório. A média do custo da estrutura é de R$ 100,00 a R$ 250,00 reais por metro, dependendo do grau de tecnologia. “É um investimento alto, porém caso seja um ano muito quente e com tempestades ou com geadas, o produtor terá um retorno maior do que os que optaram por cultivar no solo”, diz o pesquisador do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios.

Embora a produção de produtos hortícolas ocorra em quase todo o Estado de São Paulo, as regiões mais altas e, principalmente, próximas ao Sul de Minas Gerais são mais privilegiadas nesse período, em razão das temperaturas mais amenas. “As hortaliças folhosas como alface, rúcula e escarola, e os com frutos, como o tomate, são os mais afetados nesse período, por serem sensíveis”, comenta.

E é justamente durante os meses mais quentes que os consumidores procuram por mais saladas, caracterizadas por proporcionar maior sensação de refrescância e saciedade. Porém, o desafio é encontrar produto com qualidade e preço adequado. Com o aumento da procura e a produção em baixa, há o aumento do preço, diz Purquerio. Ele lembra a situação do tomate, que na média, custa R$ 4,00 o quilo, mas chegou a R$ 10,00 em janeiro de 2019.

Para o bolso do consumidor, a situação começa a melhorar a partir de abril, quando o clima volta a ficar ameno e mais seco, período em que os produtores iniciam novos plantios em condições mais adequadas às culturas, que geram safras melhores e os preços voltam a normalizar.

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