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Pesquisadores do Japão e Malásia conhecem tecnologia da Embrapa

Os pesquisadores Nagisa Okaniwa e Sayaka Yamana, do Japão, e Nadzrul Anuar Bin Khalid, da Malásia, estiveram na Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), na manhã de quinta-feira (12) para conhecer tecnologias ligadas a sistemas integrados de produção desenvolvidas pelo centro de pesquisa. Eles são vinculados à Tokyo University of Agriculture and Technology (Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio).

Os três estão participando de um intercâmbio na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde foram recepcionados pela professora Juliana Aparecida Fracarolli, do curso de engenharia agrícola. Juliana agendou a visita à fazenda da Embrapa para que os pós-graduandos conhecessem experimentos de seu interesse.

Nagisa, Sayaka e Nadzrul chegaram dia 27 de agosto. Ele irá embora dia 22 de setembro, Sayaka ficará três meses no Brasil e Nagisa, um ano. Os três tinham interesse em conhecer sistemas integrados de produção, como a ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta). No Japão, desenvolvem estudos sobre a agroflorestal na Amazônia.

Os sistemas integrados consistem na produção, na mesma área, de pecuária, lavoura e florestas, podendo contemplar apenas duas dessas modalidades. Na fazenda Canchim, onde funciona a Embrapa, estão sendo monitoradas as condições microclimáticas para verificar o efeito das árvores no ambiente, no bem-estar animal, na produção da pastagem e nas culturas anuais. Também é calculado o balanço entre a emissão dos gases de efeito estufa e o acúmulo de carbono dos sistemas.

Já existem resultados de pesquisas indicando que animais criados em sistemas sombreados procuram menos por bebedouros (redução de 19%), produzem quase 20% a mais de embriões e as fêmeas se mantêm seis minutos mais ativas a cada hora, o que reflete na produtividade. Os dados comparam os animais em áreas com árvores e aqueles criados a pleno sol.

Os visitantes conheceram a ILPF para gado de corte e para gado de leite, onde os animais foram inseridos no final de agosto. O componente arbóreo deste sistema, formado por eucaliptos, foi plantado há cerca de dois anos. Os pesquisadores estrangeiros ficaram interessados em várias tecnologias, anotavam informações e fotografavam os experimentos.

Nagisa, Sayaka e Nadzrul demostraram surpresa ao conhecer equipamentos que medem o consumo de água de bovinos de forma individualizada (por meio de identificação eletrônica) e os mecanismos que permitem medir a emissão de gás metano na atmosfera. Eles também quiseram saber quantos experimentos ocorrem no centro de pesquisa.

Os pesquisadores Alberto Bernardi e José Ricardo Pezzopane, que receberam os visitantes, explicaram que a equipe de aproximadamente 40 pesquisadores atua de forma integrada, formando grupos multidisciplinares de trabalho. “Essa forma de atuar é importante, especialmente em sistemas integrados, nos quais os conhecimentos do agrônomo, do veterinário, do zootecnista e de outros profissionais se complementam”, explicou Alberto.

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