Tecnologia

Tecnologia é forte aliada

Importante estudo feito pela empresa Mosaic mostra que o uso de algumas tecnologias em conjunto pode elevar significativamente a produtividade agrícola.

O projeto de pesquisa, realizado pela Mosaic, em parceria com a Dow Agrosciences e a Fundação MT, foi conduzido em uma fazenda localizada em Sapezal, no Mato Grosso, região Centro-Oeste do Brasil, concluiu que o uso de tecnologias, como alta população de plantas, fertilizantes de alta tecnologia, fungicida e plantas resistentes ao ataque de pragas por meio de modificação genética, aumentou a produtividade do milho safrinha em 20,8 sacas por hectare (sc/ha), alcançando 151,7 sc/ha na área de alta tecnologia.

Segundo Silvano Abreu, especialista agrônomo na Mosaic Fertilizantes, a ideia de realizar o estudo, que levou três anos, surgiu com base em um projeto desenvolvido pelo professor Fred Below, da Universidade de Illinois. A Mosaic trouxe esse projeto para a empresa e iniciou seu desenvolvimento ainda nos Estados Unidos, até que ele foi trazido ao Brasil. “Somos comprometidos com o agronegócio brasileiro e investimos constantemente em pesquisas, a fim de contribuir com os produtores para que atinjam o pleno potencial de produtividade de suas lavouras e para e fomentar o debate no setor”, declara.

O uso de fertilizantes de alta tecnologia, melhores fungicidas e o desenvolvimento de plantas mais resistentes ao ataque de pragas e doenças, aumentou a produtividade do milho safrinha.

O agrônomo diz que o objetivo foi verificar o impacto de quatro fatores que contribuem para elevar a produtividade do milho safrinha. Trata-se de fertilizantes, fungicidas, genética e maior população de plantas. “Os componentes foram avaliados tanto de forma isolada quanto associados, permitindo estimar o efeito de cada fator na produtividade e também a falta de cada um deles em um pacote de alta tecnologia”. O tratamento que utilizou a tecnologia convencio-nal, praticada na região, produziu 130,9 sacas de milho/ha. Já o tratamento de alta tecnologia obteve uma produtividade de mais de 151 sacas/ha. “Os resultados apresentados superaram as expectativas, tendo em vista que a produtividade média de milho safrinha no Mato Grosso está entre 90 e 100 sacas/ha”, declara Abreu. Para ele, isso reforça o fato de que o investimento em tecnologia contribui para altos rendimentos.

Produtividade que evolui

A agricultura brasileira tem avançado muito nas últimas décadas, tendo aumentado significativamente a produtividade das lavouras nos últimos anos. A evolução da produtividade média da agricultura brasileira nos últimos 30 anos avançou de 1,4 ton/ha em 1970, para mais e 4,0 ton/ha nos dias atuais. “Se mantivéssemos a produtividade da década de 70, precisaríamos de aproximadamente 135 milhões de hectares para produzir o mesmo volume dos dias atuais”. Contudo, com os índices de produtividade apresentados atualmente, é possível produzir mais de 200 milhões de toneladas de grãos utilizando aproximadamente 60 milhões de ha. “Isso está fortemente alinhado à missão da Mosaic de ajudar o mundo a produzir os alimentos de que precisa”, diz Abreu.

Em cima desta evolução, as tecnologias agrícolas, como as que foram avaliadas na pesquisa, tem papel de extrema relevância no setor, pois permitem o cultivo de plantas mais sadias e a elevação da produtividade. “Esses avanços tecnológicos alcançados pela ciência, são o que nos permite manter o sistema agrícola sustentável, mesmo com a elevação dos custos
de produção”.

Pensando no futuro, Abreu comenta que o Brasil está em um cenário muito bom, de ascensão da produtividade. “Ainda temos muito a melhorar nas médias de produtividades da maioria das culturas agrícolas, mas também é importante lembrar que para cada cultura existe um teto de produtividade”. Segundo ele, os avanços em genética, proteção de plantas e nutrição têm permitido alcançar produtividades além do esperado. “Contudo, nunca podemos esquecer que temos um teto produtivo limitado pela capacidade inerente de cada planta”, finaliza.

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