Agricultura

Diversificação maximiza ganhos

Com o objetivo de extrair o máximo da área disponível para exploração econômica a Fazenda Girassol do Prata investe no sistema integração lavoura-pecuária também agregando a cultura de eucalipto. Com quase 20 mil hectares a propriedade congrega produção de sementes de soja, milho safrinha, algodão, eucalipto e pecuária.

Segundo o gerente de produção da Fazenda Girassol do Prata, Deivid Carlos Signor, a propriedade é uma fazenda moderna, como a agricultura exige nos dias de hoje, pois possui vários segmentos econômicos diversificados. “A safra 2015/2016 ainda nem começou mais já estamos confeccionando um planejamento feito através da análise do cenário econômico atual e dos resultados obtidos na última safra, e assim tendo em mãos estratégias de qual segmento devemos investir na safra seguinte. Com isso tomamos decisões sobre investimentos em equipamentos, tecnologias, estruturas e pessoas. De março a maio realizamos várias simulações de orçamentos com diferentes cenários, assim conseguimos ter sempre diferentes estudos de casos no qual estão ligados ao nosso segmento e qual cenário se desenha mais favorável”, explicou Signor.

A atividade de pecuária da Girassol do Prata teve início como alternativa para as áreas que vinham com o passar dos anos perdendo o potencial para agricultura. “Juntamente com o eucalipto foi uma alternativa para essas terras menor rentabilidade. Com isso, no primeiro ano o resultado foi o melhor do que a soja. Utilizando produtos como milho, capulho de algodão, caroço de algodão e quirela de milho, todos estes, produzidos na própria unidade. Com o passar do tempo foi aumentando a lotação que foi respondendo positivamente. No Brasil a média nas áreas de solo arenoso são de 1,5 cabeça por hectare, na nossa propriedade são de 6 cabeças’, ressaltou gerente de pecuária da Girassol Agrícola, João Paulo Silveira.

Em 2011, a Girassol do Prata abateu 2500 cabeças e em 2014 foram 5750 cabeças e para este ano a previsão é de 10 000 cabeças. A propriedade possui 1200 hectares de pasto perene. De maio a setembro o gado vai para uma antiga área de soja intitulada ‘safrinha de boi’. Após uma semeadura de forrageira com 45 dias coloca-se o gado com altíssima lotação, que chegam até oito cabeças por hectare. Onde o gado pode chegar a ganhar cerca de 900 gramas por dia.

Depois desse resultado, os técnicos da fazenda constataram que a safrinha de boi teve maior rentabilidade. Hoje a melhor alternativa de safrinha da fazenda Girassol do Prata é a pecuária. Resultado da recria intensiva, os abates são feitos sempre com animais com menos de 24 meses. A empresa conseguiu baixar em oito meses a recria dos animais. “Basicamente eles estão saindo da desmama com mais 10 meses, vão para a terminação do confinamento e isso da um resultado de 350 a 500 reais por cabeça com esse sistema de ‘novo semi confinamento’”, afirmou Silveira.

Reflorestamento

Com sete anos de implantação a produção de floresta da Girassol do Prata está em franca expansão. Com uma área de 7000 hectares com pés de eucalipto, hoje o eucalipto é transformado em ‘cavaco’ para atender esmagadoras de soja e indústrias de bebidas como biomassa para a queima em caldeiras. Segundo o coordenador de silvicultura da Girassol Reflorestamento, Claudinei Jorge, a intenção da empresa é expandir nos próximos anos para outras áreas. “Fizemos um planejamento dentro dos sete anos retirar mil hectares por ano. A intenção é expandir para uma área no município de Alto Araguaia”, revelou o coordenador.

A colheita do eucalipto é toda mecanizada. A empresa Girassol Serviços Florestais que pertence ao Grupo Girassol Agrícola é a pioneira em colheita florestal mecanizada em Mato Grosso. Segundo o coordenador da empresa, Sirdinez José Venâncio, na colheita mecanizada o trabalho é feita com menos perdas e com mais agilidade. “Antigamente o trabalho era realizado com o uso moto serras, muitas empresas utilizavam trabalhadores informais. Apenas empregamos mão de obra qualificada. Utilizamos o equipamento chamado Feller Bunchers, que faz o trabalho de 20 homens, com mais eficiência e segurança. Hoje prestamos serviços de colheita florestal e transporte para as empresas Cargill e Bunge. Nossa equipe é composta por 35 pessoas”, explicou Venâncio.

Em 2011, a Girassol do Prata abateu 2500 cabeças. Em 2014 foram 5750 cabeças. Para este ano, a previsão é de 10 000 cabeças. A propriedade possui 1.200 hectares de pasto perene.

Para o presidente do Grupo Girassol Agrícola, Gilberto Goellner, outro caminho para o reflorestamento, onde maciço florestal é acima de 5.000 hectares, é a construção de usinas termoelétricas. A instalação em municípios no sul de Mato Grosso é viável por meio de parcerias com investidores e o Poder Público. “Hoje o país tem uma demanda de energia elétrica crescente. A viabilidade da produção de energia com a queima do eucalipto em caldeiras a vapor é possibilidade real. Estamos tentando viabilizar, por meio do governo do Esta-do, a instalação para essas regiões onde esses maciços, principalmente em Jaciara e Alto Araguaia que permitem funcionamento dessas usinas termoelétricas com a ajuda de investidores”, finalizou Goellner.

Sementes

No evento foram apresentadas novas cultivares de soja Monsoy e TMG. Materiais que possuem tecnologias com resistência a lagartas (Ipro) resistência a doenças (inox) e tolerância a nematóides. “Essas tecnologias tem nos auxiliado dentro do manejo integrado de pragas e doenças na soja. Manejo esse uma vez facilitado pelo controle de pragas com essas biotecnológicas, que vem para nos auxiliar muito na busca da excelência, porque é uma tecnologia que além de ajudar no controle de pragas e doenças, tem auxiliado a manter ótimas produtividades e ajudado a buscar novos tetos produtivos, explicou o gerente de produção da Girassol Sementes, Márcio de Souza. O gerente garante que são materiais que possuem várias características de adaptações às regiões do Mato Grosso. “Os produtos da TMG e Monsoy com ciclo precoce que tem essas tecnologias integradas vem nos auxiliando a conseguirmos resultados melhores e favorecendo nosso plantio de segunda safra, tanto para o milho como algodão, também temos materiais de ciclo médio que nos auxiliam a estarmos realizando a integração lavoura pecuária e as-sim otimizarmos melhor nossas áreas, e sem falar nos de ciclo tardio que estão nos auxiliando a manter ótimos resultados e melhorar nossa produtividade em áreas de menor fertilidade”, ressaltou Souza.

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