Pecuária

Confinamento: confinado e com muita saúde

Um programa de atendimento direto aos confinadores preconiza maior qualidade nas questões sanitárias do rebanho.

Iniciada desde setembro de 2009 e efetivamente implementada no início deste ano, a parceria entre a Intervet/Schering-Plough Animal Health e a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) proporciona um serviço de atendimento aos pecuaristas associados no sentido de estabelecer um programa adequado de sanidade animal – é o Programa de Qualidade Assegurada (PQA).

A partir de todo um trabalho a campo, com a visitação às propriedades, a empresa traçará um programa sanitário que atenda às necessidades do confinamento. A ideia é que, no final esse trabalho, haja um padrão de qualidade, com a emissão de um certificado quanto à sanidade do animal, que, consequentemente, atestará a qualidade da carne produzida, garantindo, assim, a agregação de valor. Atualmente, são 50 confinadores que estão inseridos nesse programa, totalizando 610 mil cabeças de gado em confinamento.

Para fazer parte da iniciativa, os integrantes da Assocon devem assinar uma Proposta de Prestação de Serviços, para implantação do PQA. Em seguida, uma equipe da empresa faz uma auditoria interna na fazenda. Depois é feita uma auditoria externa, na qual são verificados o cumprimento de todos os itens necessários para o estabelecimento do programa. “A Intervet/Schering-Plough atua junto aos confinadores após a primeira auditoria, corrigindo os pontos falhos e auxiliando os confinadores a se adequarem, no sentido de conseguirem a certificação”, pontua Tiago Arantes, gerente de Produtos de Pecuária da Intervet/Schering-Plough Animal Health.

Entre os problemas de ordem sanitária que mais podem influir no sistema de gado confinado, podem-se destacar infecções respiratórias, problemas parasitários e afecções podais – um conjunto de doenças relacionadas às patas dos animais, entre elas, as afecções primárias, como a dermatite digital e interdigital, o panarício e a laminite, e as secundárias, como a úlcera da sola, os abscessos podais e o tiloma. “Em confinamento, os animais precisam ganhar peso rapidamente para viabilizar a atividade, qualquer problema que debilite o animal pode impedi-lo de expressar todo o potencial genético de ganho de peso, acarretando prejuízos ao confinador, e, em alguns casos, esses problemas podem levar inclusive a mortalidade. Alguns problemas, como a cisticercose, podem trazer prejuízos inclusive após o abate dos animais, com descarte de carcaças”, afirma Arantes.

Além de assegurar que nenhum prejuízo de ordem sanitária venha a atrapalhar o desenvolvimento da atividade, também fazem parte dos objetivos do programa, segundo Arantes, a promoção de impacto positivo nas características de qualidade do produto e na maior aceitação dele pelo mercado. Também, a manutenção de um bom gerenciamento na atividade, a partir de um estabelecimento de um mecanismo confiável para a autorregulação desse sistema de terminação. “Por fim, a manutenção da boa imagem dos confinamentos associados juntos aos consumidores nas questões ambientais, sociais, segurança alimentar e de bem-estar animal”, declara Arantes.

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