Pecuária

Pitiose equina – perigo para o cavalo pantaneiro

A doença, conhecida como ferida- da- moda, doença brava ou pitiose eqüina é prejudicial a saúde dos equinos, sobretudo aqueles que constantemente tem que atravessar regiões alagadas, como os do pantanal mato-grossense. Os animais são acometidos por uma inflamação cutânea, geralmente ulcerada ou fistulada, de evolução progressiva e que não responde aos tratamentos quimioterápicos.

A habronemose cutâneas e fungos denominados ficomicetos são as causas mais prováveis da doença. A equipe de pesquisadores da Embrapa Pantanal (Corumbá/MS) e da Universidade Federal de Santa Maria/RS estuda a doença desde 1996. Após examinar mais de 100 animais afetados pela ferida- brava no Pantanal, os pesquisadores concluíram que o fungo Pythium insidiosum é o principal causador da doença.

Este fungo é parasita de plantas aquáticas e produz zoósporos biflagelados em temperaturas elevadas. Ocorre em áreas alagadas de clima tropical e subtropical de todos os continentes. Os zoósporos se deslocam na água, e têm tropismo positivo por pêlo e cabelo, penetrando na pele dos equinos, nas áreas mais baixas do corpo e membros.

A pitiose já foi diagnosticada em cães, gatos, ursos, bovinos e no homem. Nos animais o fungo só se reproduz de forma vegetativa e, portanto, não se transmite de um animal para outro. com o objetivo de controlar a doença, a UFSM e a Embrapa Pantanal desenvolveram uma vacina, de isolados da região, que tem se mostrado bastante eficaz. Nos últimos testes realizados mais de 80% dos animais foram curados.

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