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Nutrição animal teve um ano favorável

O segmento de alimentação para animais apresentou bons resultados no ano 2000. A produção alcançou 35,4 milhões de toneladas e as vendas US$ somaram 6,6 bilhões. O levantamento de dados revela um ano superior a 1999 e prevê continuidade de crescimento em 2001, garante João Prior, presidente da Associação Nacional dos fabricantes de Alimentos para animais (Anfal).

O setor de gado de leite registrou o pico de crescimento da alimentação, em 2000, com 2,4 milhões de toneladas, total superior a 1,5 milhão de toneladas consumidas em 1999. Também no ano passado, a avicultura, embora com crescimento vegetativo, registrou números altos. A avicultura de postura, por exemplo, consumiu 20,2 milhões de toneladas 20,2 milhões de toneladas. E gado de corte, 940 mil toneladas.

Em 1999, a produção somou 33,5 milhões de toneladas e o faturamento, US$ 6,8 bilhões. O crescimento em 2000 foi de 8%, liberado pelo gado de leite, cujos produtores vivenciam processo de profissionalização. O cenário deve ser semelhante neste e nos próximos dois ou três anos. Mas a expectativa de evolução em 2001 gira em torno de 12% e 14%, margens que se repetiam desde 97/98. O objetivo é encerrar o ano com volume de produção de 37,8 milhões de toneladas.

A alimentação para animais domésticos, especialmente cães e gatos, denominada pet food, também obteve destaque em 2000, quando atingiu 1 milhão de toneladas e crescimento de 5% em relação ao ano anterior, com 950 mil toneladas. Mais ainda: foi a fatia que mais cresceu desde os anos 1997/1998. entre 1994, quando mercado registrou 220 mil toneladas, e 1999, com 1 milhão de toneladas, a evolução da pet food oscilou entre 18% e 20%, garante Prior. O crescimento deve-se á situação econômica do país e á mudança de hábito dos proprietários de cães e gatos, que hoje optam por rações.

Animado, ele explica que alimentação para organismos aquáticos, classificação que inclui peixes, camarões e rãs, também mostra evolução. Em 1999, a produção atingiu 99 mil toneladas, E, no ano passado, 127 mil toneladas.

Uma análise mais atenta nos números de 1999 e 2000, porém, mostra contradições. Por exemplo, o fato de aumento da produção não corresponder ao crescimento no faturamento. O preço de parte da matéria-prima explica a situação. A escassez de milho, por exemplo, não elevou o preço como aconteceu em 1999. Na verdade, a entressafra do cereal, entre agosto e dezembro, mostrou preços mais baixos que a própria safra, janeiro e junho. Atualmente, as empresas do segmento de alimentação para animais mostram-se equilibradas financeiramente. Prior acredita que o quadro de 2001 revelará mais uma vez o pico do setor de leite, o crescimento de peet food, em razão das novidades, como rações dietéticas para animais com tendência a engordar e rações para animais com deficiências renais, e o desenvolvimento da aquicultura. O nosso objetivo é converter proteína vegetal em proteína animal para alimentação humana, sintetiza.

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