Pecuária

Alta produção, com genética e manejo correto

Um rebanho de 500 cabeças e alguns dos melhores animais do Gir Leiteiro nacional. Essa é a atual característica da Fazenda Brasília, de propriedade de Rubens Resende Peres, um entusiasta da raça, que encontrou no trabalho de seleção sua filosofia de trabalho com o gado. A base de seu plantel é originária de seu próprio criatório, de onde iniciou tirando 60 de suas 700 vacas Gir, sempre atento para a performance que cada uma apresenta ao longo dos anos. Começou com uma média de 1.500 kg/lactação e passou a impor um patamar mínimo de produção, aumentado em 500 kg/lactação a cada cinco anos. O sistema foi eliminado os animais que ficavam abaixo da média, até chegar, 1986, com um índice de 3.500 k/lactação.

No entanto, segundo o diretor Comercial da fazenda, Flávio Lisboa Peres, os maiores resultados apareceram com a introdução da transferência de embriões. Com esse trabalho a cobrança produtiva passou a ser executada de quatro em quatro anos, acelerando a genética do rebanho para o sucesso atual: média de lactações de quase 3.000 k/acima dos índices nacionais. “Contamos com um plantel de elite, no qual descartamos animais com produção inferior a 5.500 kg/lactação, informa Flávio, lembrando que são animais de excelente qualidade para serem utilizados na abertura de novos plantéis.

Como se observa, trabalho sério e rigor na seleção foram os quesitos fundamentais que levaram a propriedade à posição que ocupa atualmente no Gir Leiteiro. A partir deste ano, a Brasília passou a adotar um novo método em sua rotina seletiva, no qual determina que, de agora em diante, todos os bezerros serão filhos de vacas acima de 7.000 kg de leite por lactação. Trata-se de 25% das fêmeas em idade reprodutiva, que participaram de um programa de transferência de embriões. O restante continuará em testes, só que acasaladas com touros da raça holandesa, para a produção vacas girolando.

Tanta dedicação tem tornado a propriedade referência internacional em produção do Gir Leiteiro. Em maio último, no controle oficial da Associação Brasileira dos Criadores (ABC), a vaca Luzíada de Brasília encerrou sua segunda lactação com 14.088,8 kg de leite, batendo o recorde mundial da raça, que já era da fazenda, com a produção de 13.155,7 kg da vaca Farroupilha. Para se ter uma idéia, a família Peres possui recordes desde 1993, quando a vaca Farroupilha foi recordista nacional com 7.454 kg; em 1994, foi a vez de Grinalda, recordista mundial, com 8.554 kg; e, em 1995, Ginger foi ao pódio internacional, com 10.005 kg.

Aqui, vale um destaque para a vaca Farroupilha, que, além das produções recordes, cumula um total de 41.000 kg de leite em cinco lactações. Suas filhas também vêm atingindo resultados animadores, como a Luma TE de Brasília, que fechou sua segunda lactação com 10.320 kg, e Latina TE de Brasília, com 12.193 kg de leite em 364 dias, na Terceira Lactação.

No que se refere aos machos, a situação não é diferente. Dos 58 touros provados pelo teste de progênie coordenado pela Embrapa/Gado de Leite, em convênio com a ABCGIL, a fazenda possui 12, sendo que 10 estão entre os 20 primeiros.

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