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Com irrigação, fazenda consegue lotação de 16 cabeças/ha

Quem chega à fazenda Santo Antônio, localizada em Mogi Mirim, cerca de 170 km da capital paulista, se depara com uma paisagem bem diferente do restante da região. Mesmo em períodos de seca, a vista porteira a dentro da propriedade é a mesma: pastos verdes de alta qualidade e animais bem alimentados descansando na sombra de um dos seis pivôs da fazenda.

Atualmente a Canto Porto que está prestes a completar 40 mil embriões comercializados das vacas comprovadas, tem como principal negócio a produção leiteira de alta eficiência. Com um rebanho de 2900 fêmeas e 715 em lactação da raça e Gir e Girolando, a propriedade faz a criação 100% a pasto. “Hoje temos uma super ocupação nas pastagens, com a média de 16 animais por hectare”, diz Thiago Nogueira Marcantonio, médico veterinário e gerente da parte de pecuária.

Para conseguir uma média de ocupação expressiva, tão diferente da realidade nacional, que segundo a última pesquisa do IBGE apontou a média de 1,15 bovinos por hectare em pastagem, a fazenda apostou em tecnologia. A ideia foi conciliar rusticidade com produção de qualidade sem esquecer do bem-estar dos animais.

Atualmente são 470 hectares com produção (100 para pastejo e o restante para plantio) de 17 mil litros de leite por dia, com capacidade de chegar a 43 mil litros diários. “Sem a tecnologia e sem irrigação seria impossível manter esse nível de produção principalmente nas épocas de seca”, destaca o médico veterinário.

Os pivôs foram instalados há um ano. Apesar do pouco tempo, os resultados comprovam a eficiência dos equipamentos. “Além de conforto térmico aos animais, os pivôs que temos na propriedade garantem economia de água e recursos”, diz o profissional.

Controle facilitado

Para tornar ainda mais eficiente a utilização dos pivôs centrais, a fazenda também conta o auxílio da tecnologia FieldNET,  ferramenta que possibilita a irrigação de qualquer plantação ou pastagem, em vários tipos de terreno e solo para aumentar a produtividade e utilizar melhor os recursos naturais. Além disso, o gerenciamento é sem fio e totalmente integrado e permite a visualização e controle de seus sistemas praticamente de qualquer lugar.

De acordo com Thiago, o sistema se torna indispensável no controle remoto dos pivôs, principalmente aos fins de semana onde o técnico da propriedade remotamente consegue ligar e desligar os equipamentos. “Outra vantagem é fugir dos horários de pico de energia, irrigando no período noturno. Quando há algum problema em um dos pivôs, somos avisados imediatamente e isso gera uma grande economia de energia e deslocamentos, hora extra de funcionários, entre outros benefícios”, acrescenta.

Um grande diferencial é que os pivôs da propriedade são equipados com posicionamento via GPS. Isso possibilita que os gestores saibam com precisão o posicionamento nas paradas dos piquetes.

Recentemente a fazenda incorporou ao seu sistema uma nova versão do FieldNET. A ferramenta proporciona ao produtor o suporte necessário para acabar com as dúvidas na hora de irrigar. Antes, essas informações estavam disponíveis em locais e dispositivos diferentes, o que não facilitava a atividade e ainda demandava mais tempo.

Agora em um único mapa ou exibição em lista, já é possível visualizar os dados mais importantes de todas as áreas irrigadas, incluindo o esgotamento de água do solo, recomendação da próxima data de início da irrigação e lâmina a aplicar para evitar o estresse hídrico da cultura. Basta o produtor colocar o cronograma e as recomendações em ação com um simples toque no botão em um smartphone, tablet ou computador. “Estamos começando a utilizar há pouco tempo o novo sistema, mas a nossa expectativa é melhorar ainda mais a precisão principalmente dos horários de ligar e desligar, controle de problemas para elevar a vida útil do equipamento”, finaliza Marcantonio.

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