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Calor no outono pode favorecer chuvas de granizo em MG

Nos últimos 30 dias tem chovido bem abaixo da média no estado. Na região do Sul de Minas já choveu aproximadamente 80 % e na região das Matas de Minas. Deve-se lembrar que estamos no outono, que é a transição entre o verão e o inverno, sendo, portanto, comum no início dessa estação a presença do calor e de tempestades, bem como o término da ocorrência de chuvas intensas, que ocorrem em forma de pancadas, mais a partir do meio da estação, principalmente na região mais central, no Sul e no Sudeste do Brasil.

Os próximos dias

O tempo mais seco tem acentuado o calor no início do outono e, diante da atual configuração atmosférica, o volume de chuvas ainda poderá ser pouco nos próximos dias, com possibilidades de chuvas isoladas. As chuvas nesse início de estação costumam ocorrer em forma de pancadas, ou seja, muita água em pouco tempo. Mesmo com possibilidade de que em abril as chuvas continuem abaixo da média em Minas Gerais, chuvas com maiores volumes poderão ocorrer a partir do próximo final da próxima semana, principalmente nas mesorregiões Sul/Sudoeste de Minas, Zona da Mata, Campo das Vertentes e Oeste de Minas. Nas demais regiões do Estado pode ocorrer chuva, mas em menor volume.

Tempestades

 O calor que deve permanecer nos próximos dias, aumenta a probabilidade de formação de pequenas nuvens cumulus que, mediante as condições atmosféricas favoráveis, agrupam-se dando origem a nuvem cumulonimbus que pode, mesmo que isoladamente, formar uma tempestade que produz muitos relâmpagos e ventos fortes. As cumulonimbus, em função da força do vento ascendente em seu interior, transportam gotas de chuva para níveis muito elevados da atmosfera alcançando regiões muito frias, as quais provocam o congelamento das gotas dando início à formação do granizo que crescem após colidirem com outras gotas e, quando chegam a certo tamanho caem porque a corrente ascendente da tempestade não consegue mais suportar o peso da pedra de gelo.

O café

Considerando a estação do ano, aumentam as chances de o produtor vir a ser surpreendido por esse tipo de evento climático. Diante as condições climáticas reinantes o produtor deve estar atento a previsão de chuvas e possíveis alertas de tempestades para a sua região.

Destaca-se que na eventualidade de chuvas de granizo, se constatada a ocorrência de perdas, o produtor que contratou uma apólice de seguro rural deve acionar esse instrumento de política agrícola que o protege, principalmente, na ocorrência das adversidades climáticas. O produtor que já possui um contrato de crédito rural, na ocorrência desse sinistro, deve procurar a sua instituição financeira e fazer a notificação, bem como solicitar a prorrogação do contrato de crédito rural já existente. Normalmente, o custo do seguro é alto e de pequena adesão, todavia, diante de situações climáticas indesejáveis maiores perdas podem ser amenizadas via seguros.

Como estamos em um momento de produção de mudas de café, fica o alerta para aquele viveirista que ainda está enchendo as sacolinhas, este deve proteger o substrato para não receber as chuvas diretamente. Já aquele viveirista que semeou mais cedo, este deve fazer uso do sombrite no viveiro na tentativa de amenizar o impacto das chuvas de granizo.

Prognóstico

A análise e o prognóstico climático foram elaborados com base na estatística e no histórico da ocorrência de fenômenos climáticos globais, principalmente, daqueles atuantes na América do Sul. Considerou-se também as informações disponibilizadas livremente pelo NOAA; Instituto Internacional de Pesquisas sobre Clima e Sociedade — IRI; Met Office Hadley Centre; Centro Europeu de Previsão de Tempo de Médio Prazo — ECMWF; Boletim Climático da Amazônia elaborado pela Divisão de Meteorologia (DIVMET) do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e com base nos dados climáticos disponibilizados pelo INMET(5º DISME)/CPTEC-INPE.

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