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EPAMIG retoma atividades agropecuárias em Brumadinho

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) recebeu os pesquisadores e os técnicos agrícolas que vão trabalhar em ações de retomada das atividades agropecuárias de municípios mineiros afetados pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em 25 de janeiro de 2019. A contratação dos profissionais, por período previsto de dois anos, foi possível a partir de um acordo firmado entre a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e a Vale.

O rompimento da barragem liberou cerca de doze milhões de metros cúbicos de rejeitos em municípios da bacia do Rio Paraopeba. Além da perda inestimável de vidas e os imensos danos ambientais, os prejuízos causados à agricultura e à pecuária local ainda são sentidos. O desafio dos profissionais contratados envolve, sobretudo, propor alternativas para a atividade agropecuária nas regiões atingidas.

A equipe é composta por oito pesquisadores e três técnicos agrícolas que serão alocados no Campo Experimental da EPAMIG em Prudente de Morais, município localizado a aproximadamente 100 km de Brumadinho. Os pesquisadores serão responsáveis por desenvolver projetos aplicados na área de piscicultura, bovinocultura, olericultura e floricultura.

O diretor de Operações Técnicas da EPAMIG, Trazilbo de Paula, conta que a empresa possui duas frentes de atuação no âmbito do acordo entre a Seplag e a Vale para desenvolver pesquisas e atuar na transferência de tecnologias agropecuárias. A primeira frente consiste na já efetuada contratação de pesquisadores e técnicos. A segunda, de acordo com Trazilbo, compreende o repasse de recursos para a execução dos projetos.

Durante a realização das atividades, o diretor prevê interação direta da EPAMIG com empresas privadas, associações de produtores, órgãos municipais e com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e suas vinculadas Emater-MG e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), além de outras instituições parceiras no desenvolvimento de pesquisas agropecuárias.

“A EPAMIG vê a chegada desses profissionais como oportunidade de contribuir expressivamente no processo de retomada das atividades agropecuárias na região do Vale do Paraopeba, seja com a adaptação de tecnologias já existentes, seja com o desenvolvimento de novas tecnologias. Para esse trabalho esperamos uma forte interação dos nossos pesquisadores com as Secretarias de Agricultura dos municípios da região, com as prefeituras e demais instituições, associações e empresas”, destaca Trazilbo de Paula.

Na tarde de segunda-feira (9), os profissionais contratados se reuniram com a Diretoria Executiva da EPAMIG em Belo Horizonte. No encontro, a presidente da empresa, Nilda Soares, destacou a importância do trabalho de pesquisa da EPAMIG para recuperar o potencial competitivo da região de Brumadinho e oferecer novas fontes de renda para as famílias do Vale do Paraopeba.

A chefe da EPAMIG Centro-Oeste, Juliana Simões, afirma que todos os esforços serão feitos para que as tecnologias aplicadas pelos pesquisadores estejam de acordo com as reais necessidades dos moradores de Brumadinho e região. Juliana destaca que as construções de projetos serão interativas e as participações de agricultores, empresários locais e instituições parceiras serão constantes.

“O trabalho que faremos com os municípios e as famílias atingidas pelo rompimento da barragem é um trabalho muito nobre e de muita responsabilidade. Temos plena consciência disso. Uma das metodologias que vamos utilizar será a implantação de Unidades Demonstrativas nos municípios, sempre com respeito à diversidade dos agricultores e suas propriedades, bem como às tradições locais de clima, solo e culturas”, afirma Juliana.

As ações serão divulgadas nos canais de comunicação da EPAMIG ao longo dos meses. A empresa é uma vinculada da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).

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