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Hilux SR: uma fera de dupla aptidão!

A Revista Rural avaliou a Hilux SR 4X4 Cabine Dupla, da Toyota, com câmbio manual, caçamba que aguenta mais de uma tonelada e motor 3.0 a diesel, mas que possui ar condicionado, direção hidráulica e diversos itens de conforto.

“Essa versão da Hilux é destinada ao produtor rural que durante a semana precisa de uma caminhonete para trabalhar no campo, andar na terra e até usar o 4X4, mas que no final de semana joga uma água e sai com a família para passear”, explica Júlio Vitti, gerente de produtos da Toyota.

A SR é um modelo acima do STANDARD, só que é muito mais parecido com o SRV, o top de linha. Os pára-choques são cromados e o motor de 3.0 a diesel 16 válvulas é o mesmo do SRV. Falando na potência da pick-up, o motor D-4D trabalha em quatro tempos e possui a injeção direta/eletrônica e o sistema Common Rail, que procura aliar alto desempenho e baixo consumo de combustível. Além disso, o turbo de geometria variável TGV adiciona potência extra para o motorista. A caminhonete chega ao seu máximo com 163 cv a 3400 rpm.

Com toda essa promessa de potência do motor, o câmbio manual contribui muito para uma arrancada podendo obter todo o retorno que uma transmissão automática não traria. Acostumados a testar modelos automáticos, percebemos nesta SR um motor rápido e de grande força, mostrando que o cambio manual é uma ótima opção. Dê só uma olhada no tamanho da manopla.

“Na verdade, colocamos a manopla do câmbio mais alta para ficar mais próxima do motorista pela questão de conforto. No próximo modelo que vamos lançar, em novembro, continuará nesta altura, mas vai dar a impressão de ser menor porque terá um revestimento na base que ‘esconderá’ parte do câmbio”, explica Vitti, adiantando, em primeira mão, as inovações da Hilux para o final do ano.

Com capacidade de carga de 1.020 kg a picape necessita não só de um bom motor, mas de um sistema 4×4 funcional. A Hilux possui as transmissões 4×4 normal e reduzida com o sistema diferencial traseiro antiderrapante que podem ser acionadas pela alavanca central. Nos concorrentes, Ranger e Frontier, por exemplo, o acionamento da tração é realizado por botões.

O que chamou a atenção foi o pneu 205 que aparentemente é muito estreito para a categoria. “Essa espessura tem as suas qualidades. Como ele é mais fino, tem mais peso sobre um único ponto e assim diminui o risco de aquaplanagem, por exemplo. Mas esse é outro detalhe que vamos modificar na nova Hilux SR. Vamos colocar um 255 para atender o desejo dos consumidores.”, diz Vitti, adiantando, exclusivamente, as novidades mais uma vez.

Conforto e segurança

Por não ser nem o modelo mais simples nem o mais luxuoso, a SR possui som com MP3 Player, ar condicionado, airbag duplo, travas e vidros elétricos e bancos com regulagem de altura, assim como o volante. A montadora japonesa tentou aumentar o espaço na parte traseira para conforto dos passageiros, e teve êxito. Além da redução do piso da parte traseira, o encosto possui uma leve inclinação dando um pouco mais de conforto. Tudo isto está à venda a partir de R$ 103.300,00.

Teste do usuário

Além de colocar a pick up a prova usando os métodos tradicionais da Rural (lembram o que fizemos com a Frontier?), pedimos auxílio a quem utiliza este tipo de veículo no dia-a-dia. Maurício Nabuco é gerente-geral da Central Bela Vista Genética Bovina e trabalha em Pardinho, no interior de São Paulo. Por andar diariamente em estradas de terra e usar uma picape parecida, ele foi o escolhido para avaliar a Hilux SR da Toyota.

Depois de nos mostrar toda a fazenda da Central Bela Vista, o gerente encostou a caminhonete e fez o seu decreto. “Por fora ela é bonita, tem um visual agressivo, tem cara de que é para trabalho realmente. Andei para cima e para baixo por aqui e gostei muito, achei ágil, rápida. Ela manobra bem também. Agrada muito, me surpreendeu”, finaliza, Nabuco.

Sobre os itens de conforto da caminhonete o gerente da Central considerou ideal. “O que tem é o que precisa. Mais do que isso é luxo, no campo você não precisa de mais nada. É bem confortável, parece que você está em um carro pequeno”, afirma Maurício Nabuco.

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