Pecuária

Diarréia neonatal: inimiga do bezerro

A diarréia neonatal é uma das principais causas de perdas econômicas em bovinos jovens de leite e de corte. Contudo, há como preveni-la.

A pecuária brasileira caminha a passos largos: o Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com 198 milhões de cabeças, e detém a liderança das exportações chegando à marca de US$ 4 bilhões. Para acompanhar esse ritmo de crescimento, o produtor deve estar atento a todos os detalhes: da concepção, nascimento, crescimento à produção de animais para corte ou leite.

“Existem doenças que podem causar sérios prejuízos ao produtor”, alerta o médico veterinário Amauri Alfieri, professor da Universidade Estadual de Londrina. “A diarréia neonatal dos bezerros, por exemplo, é uma das principais causas de perdas econômicas em bovinos jovens de leite e de corte. A vacinação da vaca prenhe é o método mais eficaz para prevenir a doença no bezerro”, diz.

A diarréia neonatal dos bezerros é uma síndrome resultante da interação entre agentes infecciosos (bactérias, vírus, protozoários e parasitas), e fatores não infecciosos (alimentação, meio ambiente, manejo e condições sanitárias dos animais). Bezerros acometidos apresentam desidratação, perda de peso, atraso no crescimento, o que pode levar ao risco de morte.

Prevenção na prática

Estudo realizado em 36 fazendas de criação de gado de corte e leite envolvendo 720 vacas e/ou novilhas de diferentes raças, com idade entre 24 e 154 meses em várias regiões do Brasil, revelou que a vacinação é segura e eficaz no controle da diarréia neonatal dos bezerros, quando administrada em fêmeas prenhes, aproximadamente 45 e 30 dias antes do parto.

“A vacinação de vacas prenhes representa uma ferramenta de grande utilidade para os médicos veterinários e fazendeiros na prevenção da diarréia neonatal”, comenta Rodrigo Valarelli, gerente de produtos e desenvolvimento local da Unidade de Bovinos da Pfizer. “Também é importante assegurar a ingestão do colostro pelo recém-nascido nas primeiras horas de vida, bem como adotar as boas práticas de manejo alimentar e higiene para complementar o programa de controle da diarréia neonatal”, recomenda Valarelli.

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