Pecuária

Sêmen – atendimento completo após a venda

Influenciadas pelo crescimento do mercado de comercialização de sêmen por todo o país, as principais empresas do segmento recentemente implementaram um conjunto de medidas para fidelizar ainda mais seus serviços junto aos clientes. Esta nova abordagem soma algumas medidas de grande relevância para os criadores, oferecendo uma consultoria técnica que abrange os mais diversos aspectos da propriedade, tais como manejo, cuidados sanitários e alimentação.

Em sua última convenção interna, realizada em março, a Lagoa da Serra reuniu seus vendedores para transmitir o conteúdo desta estratégia de atuação da empresa. Basicamente,a mudança de enfoque busca redimensionar o trabalho dos vendedores, transformando-os em prestadores de serviço. “Todas as empresas do ramo, com as exceções de praxe, oferecem bons produtos. O que nós pretendemos é o desenvolvimento de um negócio a longo prazo junto ao cliente. Ou seja, técnicos e consultores a disposição para que os criadores possam ter um manejo adequado e, conseqüentemente, resultados de excelência na inseminação”, esclarece Guus Leaven, diretorda Lagoa da Serra. Trata-se, portanto, de um conjunto de medidas que visam ajustar o manejo da propriedade e assim não inviabilizar a qualidade do sêmen comercializado.

“Basta imaginarmos um atleta. Se ele não as condições gerais para seu desenvolvimento – alimentação correta, treinamento e equipamentos adequados -, ele não vai longe. De nada adianta, então, uma boa inseminação se futuramente o animal tiver um desempenho limitado, motivado, por exemplo, por algum problema de alimentação”, completa Guus.

Embora não tenha adotado a linha da Lagoa da Serra através de um programa específico, também a Alta Genetics (em conjunto com seus parceiros, a Central VR e a Bela Vista) investiu na política de prestação de um serviço mais especializado, visando melhores resultados aos criadores. Alguns números podem ajudar a elucidar estes investimentos. A lata Genetics alcançou em 2001 a marca de 1 milhão de doses de sêmem comercializadas (41% para gado de corte e 23% para leite), e em relação a 2000 a empresa teve um crescimento no faturamento de 32%.

“Este crescimento está diretamente vinculado ao desempenho dos nossos técnicos, que oferecem um serviço altamente qualificado. Para isto, foram investidos cerca de R$ 300 mil em treinamento dos técnicos”, aponta André Bruzzi, gerente de marketing da Alta Genetics, que salienta a abordagem direta dos técnicos na conquista de novos clientes.

Segundo Bruzzi, o desempenho da empresa tem como alicerce três exigências básicas: a qualidade dos touros na comercialização de sêmem, a eficácia da equipe técnica (atualmente com 38 representantes, entre veterinários e zootecnistas) e a prestação de serviços; esta é a base do serviço de Inseminação Artificial (SIA) da Alta Genetics, que 2001 inseminou cerca de 216 mil vacas em grandes propriedades pelo país. “Nós queremos assegurar uma alta qualidade na inseminação, mas também ficamos sempre alertas para um outro problema da propriedade, o quê, obviamente, pode comprometer os resultados da inseminação e os nossos técnicos estão preparados para isto”, comenta Bruzzi.

Problemas estes que muitas vezes detectados justamente com o insucesso das inseminações. Para Hans Vromans diretor internacional do setor de importação e exportação da Yakut, “a tendência do criador, de modo geral, é atribuir o problema ao sêmen. Verificada a eficiência do mesmo exemplar utilizado na inseminação, nós partimos junto com o criador para uma análise das condições gerais da propriedade”. A assistência técnica da Yakult tem como princípio o acompanhamento de todo o ciclo de inseminações, desde o acasalamento até visitas de veterinários após o nascimento, bem como a utilização de palestras técnicas.

“A inseminação não pode ser utilizada como um procedimento banal, porque o resultado será um gasto econômico inútil para o criador. A inseminação é o início de uma cadeia com várias peças importantes. Se o balanço energético do pasto não for bom, se as condições de sanidade não estiverem boas, não adianta, todo o processo não terá êxito. E com um detalhe agravante: com perdas econômicas para criadores que, muitas vezes, estão descapitalizados”, concluí Vroman.

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