Pecuária

Febre aftosa – a hora do contra ataque

Governo e industria definem regras para aumentar oferta do produto e atender todas as necessidades da segunda fase da campanha de vacinação.

A indústria veterinária deverá produzir 173 milhões de doses de vacina contra febre aftosa neste segundo semestre para atender toda a demanda da campanha oficial de erradicação da doença no País – estimada em 162,25 milhões de doses pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -, cujo ponto máximo será nos meses de outubro e novembro. A informação é de Sebastião da costa Guedes, vice-presidente do sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, entidade que reúne laboratórios fabricantes de produtos veterinários.

Segundo Guedes, Ministério da Agricultura e iniciativa privada estão tomando uma série de medidas para ampliar a fabricação de vacinas e suprir totalmente as necessidades, além de gerar estoque estratégico de cerca de 10,75 milhões de doses. Nos últimos dias, governo e indústrias tiveram vários encontros para definir a estratégia de ação. Entre as medidas acertadas com o diretor do Departamento de Defesa Animal do MAPA, Paulo Lourenço da Silva está a agilização dos testes de qualidade das vacinas e encontros quinzenais para acompanhamento da campanha e tomada de decisões. Nestas reuniões. Nestas reuniões, técnicos do governo e, dirigentes das indústrias vão discutir o ritmo de fabricação, performance dos testes e o atendimento da demanda, prevenindo e corrigindo eventuais envolvidos.

Paulo Lourenço da Silva ressalta que o governo deverá controlar 560 das partidas produzidas de duas formas: acompanhando os testes de imunidade e esterilidade – a ser feitos em todas as partidas de vacinas – agilizando os testes de potências – estes de responsabilidade do Ministério e realizados em propriedade rural em Sarandi (RS). Outra decisão foi a possibilidade da realização de teste em paralelo, de forma a acelerar o processo sem perder foco em qualquer da vacina.

“Estas ações realizadas em conjunto possibilitarão maior agilidade da logística envolvida nos testes, revertendo em menor prazo para análises e maior disponibilidade de vacinas no mercado”, informa Sebastião Costa Guedes, do Sidan. “Com isso, haverá vacina mais do que suficiente para atender a demanda prevista”, complementa o dirigente.

O aumento da disponibilidade de vacina contra febre aftosa no segundo semestre não semestre não significa apenas tranqüilidade do mercado em termos de oferta e do produto. As medidas implementadas pelo governo e indústrias levam à produção recorde de 328 milhões de doses, 44 milhões de dose a mais (ou 15%) do que a demanda de 284,6 milhões/doses, prevista inicialmente pelo Ministério.

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