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Cinofila – Discutindo custos

Grandes ou pequeno porte, os cães sempre tiveram lugar na fazenda ou na cidade, com trabalhos de criação que oscilam entre o amadorismo total e criteriosos programas de cruzamento de cruzamento e desenvolvimento genético. A popularização de diversas raças e o aumento na competitividade vem fazendo com que a criação nacional tente deixar o
amadorismo de lado e obter melhores resultados tanto na qualidade do produto final, como na relação custo-benefício da criação.

De acordo com a propriedade do Canil Turandot, de São Bernardo do Campo SP, Sueli Peixoto Bordon, o trabalho com cães começa antes do acasalamento da fêmea, com a vermifugação e vacinação em dia, além de uma alimentação balanceada. Conhecida por seu trabalho com a raça São Bernardo, Sueli diz que de 10 a 15 dias após o acasalamento, deve-se iniciar o fornecimento de cálcio, interrompendo duas semanas antes do parto. Estando tudo normal com o nascimento, não há grande cuidados com os filhotes em seus primeiros 20 dias de vida. Continua-se com a ração para mãe, complementada com leite e o iogurte.

A partir dai, a papinha ou ração batida no liquidificador passa a ser administrada aos recém-nascidos, sem esquecer da vermifugação e da primeira doses da vacina V8. Devido ao crescimento da população canina, principalmente nas grandes cidades, alguns veterinários têm recomendado até quatro doses da V8, porque as doenças estão ficando cada vez mais resistentes.

Nos cálculos de Sueli, até os 50 dias os cuidados com cada filhote deve custar cerca R$ 80,00, computando alimentação e medicamentos. Ao saírem do Canil, a vermifugação deve ocorrer a cada seis meses e as vacinas v8 e anti-rábica anualmente. Recomendamos continuar com a mesma ração que fornecemos, pois uma troca brusca pode provocar desarranjo intestinal. Diante disso, é imprescindível que nunca se deixe acabar a ração totalmente para fazer a próxima compra. Se houver a necessidade da substituição do tipo de ração, seja pelo processo natural da passagem da ração totalmente para fazer a próximas compra. Se houver a necessidade da substituição do tipo de ração, seja pelo processo natural da passagem da ração de filhote para a de adulto ou por falta do produto no mercado, é aconselhável misturar gradativamente a nova ração com a antiga, até que troca seja efetuada por completo. Todo cachorro deve comer duas vezes ao dia. O proprietário tem de dividir a dose diária, cujo volume ideal é o equivalente ao tamanho da cabeça do animal. É importante. observar a quantidade, pois o cão nunca pode comer em exagero, pontua Sueli.

O trabalho com São Bernardo no Turandot tem resultado em diversas premiações na raça. Só no ano passado, o Canil recebeu os seguintes troféus: Campeã Jovem Pêlo Curto, com Berioskas Danka Turandot,também Melhor Cadela do ABC e São Paulo; e Macho Campeão, com Killer Turandot, ainda Melhor Cão de São Paulo e do ABC. Além disso, o Canil esteve entre os cincos que mais registraram animais. Os exemplares São Bernardo vendidos no Canil Turandot saem entre R$ 900 e R$ 1.200.

Por sua vez, o Canil Malurica, de São Paulo, propriedade do criador Ricardo Lara Vidigal, trabalha com Labrador há 18 anos. Uma raça bastante difundida atualmente no Brasil, que, há cerca de quatro anos, vem sustentando a preferência de quem pretende adquirir um cão. Só no Malurica, entre 130 a 150 exemplares são vendidos anualmente, o que exige a manutenção de 150 animais para a produção dos filhotes. Aos 75 dias, já com a segunda dose da vacina V8 tomada e registrada, o filhote sai por R$ 600 (o Labrador Preto ou Amarelo) e R$ 800 (o Labrador Chocolate).

Preferimos entregar o filhote com alguns dias a mais de vida, para protegê-lo de possíveis infecções. Mesmo assim, recomendamos ao comprador que continue com a V8 até a quarta dose e, somente a partir da terceira, deixe que o animal tenha contato com outros cães. No que se refere alimentação, costumo dizer que a ração vale quanto paga. È fato que quanto melhor, mais cara. Acontece que o cachorro tem de ser bem tratado para se desenvolver adequadamente, com boa massa corporal e pelo bonito, comenta a assistente do Canil, Maria Cecília Ramos de Oliveira, lembrando que o Malurica também comercializa Mastiffe Inglês. Segundo ela, a característica de ser um cão dócil e companheiro talvez seja p principal motivo de grande demanda pelo Labrador. Além disso, a raça é de pelo curto e não tem doença associada, o que facilita o trato. Seu único defeito é o excesso de energia, mas o Labrador é uma raça que não exige, está sempre se doando.

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