Das que forneceram informações seus representantes
colocam a introdução de novos produtos como
o ponto fundamental para a concorrência e as dificuldades.
Com as portas abertas, o gerentes de Marketing e Comunicação
da AGCO do Brasil, detentora da marca Massey Ferguson, Fábio
Piltcher, comenta que o setor caminhava bem com o processo
de securitização das dívidas, a econimia
estabilizada e os bonspreços das commodities. Em Junho,
o mercado iniciou uma desaceleração gradual,
chegando a Novembro com vendas inferiores ao mesmo período
do ano passado. " Assim, 1998 representou o amadurecimento
de um novos produtos e tecnologias." Por essa política,
a companhia recebeu diversos prêmios durante esses últimos
12 meses, dentre eles o Top Of Mind da Revista Rural, da Revista
Amanhã e do Jornal a Granja. Foi Destaque do ano da
Revista A Granja e Melhor Fabricante de Tratores do Jornal
Cana.
Dessa forma, Pilcher faz questão de dizer que boa parte
dessas conquistas se deve aos novos tratores Massey Ferguson
Série 500. Além disso, ressalta a caixa de 18
velocidades speedshift, que vem sendo montada nas Série
200 e 600. " Trouxemos, também, as colheitadeiras
MF 8780 Rotary e a Gleaner R52, com seu exclusivo sistema
Natural Flow, que está revolucionando a mecanização
da colheita de feijão, principalmente pelo seu baixo
índice de dano aos grãos." Com as estratégias
bem aceitas opelos agricultores, o gerente afirma que, em
1999, a empresa dará prosseguimento aos lançamentos,
em todos os segmentos que atua. Para mostra qie a preocupação
da AGCO não se concentra somente em novos produtos,
ele lembra o processo de revitalização da rede
de concessionárias e a introdução da
Agricredit, uma jint - venture com o Raibobank, da Holanda,
que oferece alternativas de financiamentos ao agricultor brasileiro.
Apesar de preferir falar sobre os aspectos positivos da companhia,
Piltcher aponta para perspectivas nada animadoras para o ano
que vem. " O crescimento zero já seria considerado
um resultado positivo." Mesmo asim, acredita na tecnificação
da agricultura e na expansão do plantio direto, principalmente
na retomada do setor arrozeiro, na recuperação
da citricultura e na expansão dos investimentos na
fruticultura. No que se refere às ações
governamentais, diz que a consolidação de uma
política agrícola estável, comparável
aos demais segmentos da economia brasileira, ajudaria bastante.
" No entanto, preferimos trabalhar ao invés de
esperar, pois entendemos que, independente disso, temos muito
a contribuir com desenvolvimento do País. A agricultura
brasileira não precisa de privelégios, mas de
condições de financiamento e custos semelhantes
e competitivos globalmente." Numa situação
atípica no setor, a Case IH - Divisão Agrícola
da Case no Brasil viveu 1998 com toda intensidade. Atuando
com produtos de alta tecnologia, que oferece maior eficiência
e redução de custos, desfruta sua melhor performance
no mercado nacional, com crescimento de 560 em relação
a 1997. A informação é do vice - presidente
da companhia no país, Mario Hirose, o empreendedor
que deu brilho e lucratividade às atividades da empresa
em terras brasileiras. Uma importante contribuição
para o salto da Case em termos internacionais, que , de Janeiro
a Setembro. atingiu um aumento de 8% em suas negociações.
No mesmo período, a fatia América Latina já
havia apresentado uma elevação de 35%, somando
US$ 264 milhões, diretamente impulsionada pelo desempenho
da corporação no Brasil.
Para Hirose, tal sucesso é reflexo da necessidade do
agricultor nacional, que estão mudando o perfil da
mecanização, aliada às facilidades dos
recursos da Case Credit Corporation, que detém um portfólio
de US$ 5,3 Bilhões, destinados a financiamentos e contratos
de leasing, que, dependendo da negociação, divide
os pagamentos em até três anos, com taxa de juros
em 10% ao ano. Na opinião dele, a grande virada da
Case ocorreu com a introdução das colheitas
Axial Flow, indicada para as culturas de soja, milho, trigo,
arroz, algodão e feijão, e da Cotton Express
2555, com motor Cummins de 260 c.v., rodagem dupla e opç~eos
de trabalho em quatro ou cinco linhas. " è a oportunidade
do Brasil contar com uma agricultura competitiva em termos
mundiais."
Como reconhecido desses resultados, a empresa inaugura, em
1999, o Projeto Agrícola de Sorocaba (SP).
Trata - se da ampliação de seu complexo industrial,
que está recebendo um investimento de US$ 100 milhões,
a maior soma de recursos da Case fora dos Estados Unidos.
Com isso, serão absorvidos cerca de 400 empregados
diretos, incrementando a fabricação de tratores
e colheitadeiras de grãos para os mercados interno
e externo.
"Estamos contribuindo para a mudança do conceito
de mecanização da área rural, transformando
os parâmetros produtivos da agricultura brasileira",
concluiu Hirose.
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