Por
acreditar nas qualidades leiteiras da raça Jersey,
Vittório di San Marzano sempre se firmou como um criador
interessado e eficiente, dirigindo dois criatórios
da raça em países diferentes. Além de
já ter sido vice-presidente da associação
paulista e da entidade nacional de criadores, Vittório
é considerado, na família jersista, um grande
incentivador e fomentador da raça. "Acredito que
a Jersey é a melhor raça leiteira pelas suas
características, como a rusticidade e a qualidade do
seu leite", afirma o criador, que desenvolve sua atividade
na Fazenda Tucano, em Buri, SP, e na Piedmont Jersey Inc.,
em Massawippi, no Quebec, Canadá. Aliás, nesse
país, seu critório configura - se como um dos
melhores plantéis de Jersey, configurando - se na 10
a colocação, na lista das 20 melhores produção
do país no ano de 97, com média de 7.495 kg
de leite. Entre os criatórios com mais de 61 vacas
em lactação, a Piemont é o primeiro lugar.
Porém, não é só em produção
que a Piedmont faz sucesso no Canadá.
Em tipo, ela também vem arrebatando algumas premiações
importantes, como os obtidos no Concurso All Canadian em 97.
Foram quatro animais campeões, uma Reservada All Canadian
e mais seis Menções Honrosas All Canadian. Dos
onze animais, cinco mantém o afixo Piedmont na frente
de seus nomes. O título All Canadian é o mais
importante do Canadá, oferecido aos melhores animais
da pecuária nacional. Porém, a produtividade
e a qualidade do leite são as duas bandeiras na atividade
de Vittório. Por isso que ele reclama da política
brasileira de leite, que não incetiva e nem remunera
a qualidade do leite, de forma diferenciada. Toda a produção
da Fazenda Tucano é comercializada com um laticínio
da região, ao preço de R$ 0,27, enquanto que
na Piedmont, o leite é adquirido pelo governo, que
paga de preços, formada com itens como qualidade, seguindo
uma cota pré - determinada. A Piedmont recebe cerca
de R$ 0,40 por litro de leite que vende. A genética
utilizada nos dois criatórios é a mesma, porém,
o manejo é diferenciado, devido ao fator clima. De
acordo com o criador, por apresentar invernos rígidos,
os animais da Piedmont são recolhidos nos barracões,
o que obriga o confinamento durante todo esse período,
recebendo no cocho, feno de alfafa e ração.
"Dessa forma, ordenhamos as vacas três vezes ao
dia, com médias de 28 Kg de leite", explica o
criador. Enquanto o frio não passa, o solo descansa,
recompondo - se em seus nutrientes para produzir alimentos
com um conteúdo protéico mais rico nos períodos
de safra. " Essa é outra diferença diferença
entre os dois países: alimentação de
qualidade, que faz com que os animais produzam mais. Por isso,
a diferença nas médias entre as duas fazendas,
que detêm a mesma genética", afirma Vittório.
Mas, mesmo apresentado médias diferentes, a Fazenda
Tucano não perde em produtividade, com criação
a campo. Com rebanho controlado, oficialmente, pela Associação
Brasileira dos Criadores, a média de produção
é de 20Kg de leite diários, com 96 vacas em
lactação. Cerca de 35% são fêmeas
de 1a cria, que apresentam média de 17 Kg e a média
das 65% RESTANTES É DE 22 kg. "Essa é uma
média excelente para o plantel, resultado de uma seleção
genética de qualidade e bem rígida", garante
o criador. Esse é um dos motivos pelo qual Vittório
sempre diz que convida os interessados pela raça a
conhecerem a fazenda e seus animais. " Lá, os
criadores conhecem os animais, o seu manejo e verifica a nossa
qualidade", explica.
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