Procurar
todas as alternativas viáveis para aumentar a produtividade
do rebanho é a eterna função do pecuarista.
Várias são as opções dispostas
no mercado e, a escolha por utilizar algumas delas em conjunto,
pode ser o grande diferencial do plantel.
Esse parecer ser o caso das cercas elétricas, que vem
apresentando grande procura no mercado, destacando-se como
uma ferramenta utilizada dentro da tecnologia do sistema rotativo
de pastagens.
Barry Allison, especialista em pastoreio rotativo com o uso
de cerca elétrica, com forte experiência em fazendas
na Nova Zelândia, explica algumas vantagens que os pecuaristas
de mais de 50 países já conhecem o interesse
dos brasileiros.
Entre elas, no complexo da cerca elétrica, menos
fios de arames são utilizados e o distanciamento entre
os mourões é bem maior. Enquanto você
coloca, no sistema tradicional, um tronco a cada 2m, no sistema
elétrico é um mourão para cada 15m. Só
nessa primeira fase, você já economiza de 6%
a 15% do custo, afirma. Além disso, a demanda
por mão de obra é muito baixa. Há, também,
em sistema de pasto rotacionado, o aumento de produtividade,
pois pode-se alocar cinco animais em cada hectare um
aumento de cerca de ½ cabeça -, além
de determinar, exatamente o que o animal vai comer,
garante Marcelo C . Lima, da Gap/Tech, joint venture formada
pela Gap Genética e Farmtech e representantes da cerca
elétrica Speedrite.
Os especialistas explicam que o sistema é formado por
um eletrificador equipamento que produz um choque elétrico
de alta tensão e baixa corrente -, e uma bateria
para alimentar o eletrificador -, que poder ser carregada
por uma placa de energia solar ou elétrica. A
corrente elétrica que percorre a cerca deve ser de
no mínimo -, 3 mil volts, pois menos que isso,
o animal não respeita, explica Marcelo. A manutenção
é outra vantagem, sendo necessária apenas o
corte do pasto próximo a cerca, a fim de impedir que
o capim afete o aterramento.
Eles, ainda, fazem questão de ressaltar que o
choque não machuca, somente assusta os animais para
que eles passem a respeitar a cerca. Já
ouvimos muitas pessoas que não utilizam a cerca elétrica
porque queimam os animais. Mas, isso só acontece quando
o equipamento não tem qualidade afirma Barry.
Se um sistema, ligado a energia elétrica a 220 V não
tiver os componentes internos de qualidade, pode acontecer
a queima do transformador, daí, passar essa corrente
de alta tensão para a cerca, explica Marcelo.
Por isso, eles orientam aos criadores que verifiquem sempre
a qualidade do equipamento, dizendo também que; a potência
necessária para inibir o animal é de 1 joule
para cada 10 KM de arame.(Joule é medida de energia:
Wats X seg.)
Alguns itens, que podem acompanhar o sistema, também
são importantes para sua conservação
e melhor aproveitamento da energia, como equipamentos que
impedem a queima do eletrificador por decorrência de
raios e os que impedem as perdas de energia.
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