São
produtos que buscam atingir o consumidor pelo item mais procurado
na vida de hoje, aonde poucos têm tempo para preparar
um almoço ou uma janta. No caso, o fator mais relevante
tem sido a convivência. E por este detalhe,
muitos não se importam de pagar mais.
A fora os congelados, este mercado por grandes empresas que,
na sua maioria, estão se concentrando em produzir a
comida chamado carro-chefe da culinária brasileira:
o feijão e o arroz. Do Rio Grande do Sul entrou no
mercado pelas mãos da Supra alimentos, uma empresa
do grupo Suprarroz a linha Cozinha Fácil Tio João
que é um arroz especial 560 natural e leva o nome
e uma das marcas mais conhecidas de arroz no mercado, no caso,
Tio João. O consumo deste produto pode ser feito em
quatro tipos, todos com temperos especiais e cada pacote contém
4 saquinhos de 125 gr. Seu lançamento foi feito em
97 dentro de 10 estados brasileiros.
Outras empresas como a Blue Ville, e a Uncle Bens, também
no Rio Grande do Sul, disputam este mercado com produtos semelhantes
à base de arroz. O que elas vendem é a idéia
de praticidade e economia de tempo. Com outro mix de produtos,
atuando na linha de feijão, da batata, da mandioquinha
e jardineira de legumes, a Vapsa Alimentos, de Castro, Paraná,
busca trabalhar no complemento da refeição.
A partir deste ponto, o consumidor só terá que
escolher a carne e a salada. Ainda neste mercado está
a Maggi, com o feijão chamado Rango. Para ganhar os
consumidores todas procuram mostrar seus diferenciais. E,
aos poucos, vão realmente se firmando no mercado.
Produtor Por trás de toda esta disputa pelo
consumidor, existe um setor que pode se favorecer com o crescimento
deste mercado, desde que esteja atento para o que nele acontece
e aproveite as oportunidades; o produtor. O chefe do setor
de produção da Supra Alimentos, Vitor Moreira
relata que somente para esta linha de produtos o Cozinha Fácil
Tio João, foram destinados cerca de 600 toneladas em
97. Com o crescimento do consumo, a perspectiva de compra
de arroz para beneficiar estava, até março de
98, em torno de 150 toneladas sendo que é bem possível,
chega nas 300 toneladas no final do ano. Mesmo com este volume,
Silveira diz que, no momento, ainda não aumentou sua
cartela de fornecedores, mas aumentou o volume comprado de
cada um. São fornecedores antigos de quem conhecemos
a qualidade, por isto é mais fácil aumentar
o volume de compra que encontra novos produtores com a qualidade
que precisamos, ressalta.
A diretoria de marketing da Vapsa, Marlene Wenzel, conta que
abertura da empresa na região de Castro, PR, alterou
um pouco a rotina dos produtores de batata e feijão,
porque agora muitos deles têm comprador certo desde
que a qualidade seja mantida, é claro, lembra
Marlene. A Vapsa entrou no mercado ao verificar que muitas
batatas ficavam no campo por não atingirem o tamanho
ideal para consumo.
E como o presidente da companhia viu na França
a forma de aproveitar este produto, tratou de trabalhar para
lançar no mercado brasileiro algo que aproveitasse
esta matéria prima que estava apodrecendo na lavoura,
conta à diretora. Na atual fase, Marlene diz que a
empresa estuda uma forma de integração com os
produtores, a fim de manter a produção constante
e com a qualidade necessária.
Na Maggi, o processo é semelhante. Desde que lançou
o produto Rango no mercado, precisou conhecer os produtores
de feijão carioquinha, as principais regiões
e os problemas enfrentados, para planejar a produção
dentro da indústria. Segundo José Pereira Martins
de Andrade Neto, agrônomo responsável pela área
de produção, feijão que eles preferem
para comprar é aquele que tem entre 15 a 20 dias de
colhido. E não pode ser as variedades, tem que
ser o carioquinha legítimo, lembra.
Neto confirma que o lançamento do Rango aumentou a
procura pelo feijão e, com certeza, os produtores em
geral tiveram mais opções de colocação
de sua safra. Mesmo que agora esteja difícil
de encontrar feijão, devido a quebra de produção,
os produtores sabem que tem mais pessoas procurando o produto
e que isto pode melhorar o preço da saca, afirma
o agrônomo. Na visão dele, a entrada de todas
estas empresas vão trazer no final, bons resultados
para quem produz. Não só pela questão
preço, mas pela certeza de venda do que foi colhido,
finaliza.
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