Segundo
Antônio Hermínio Pinazza, diretor executivo da
Associação Brasileira de Agribusiness, ABAG,
a principal preocupação do setor como um todo
é enfrentar os desafios da globalização
em conjunto com a nternacionalização dos produtos
brasileiros que têm sofrido pressões de taxações
diretas e indiretas (protecionismos diversos. A ordem mundial
é que todos os países devem importar e exportar
produtos agrícolas comprandodo fornecedor mais barato
e competindo em todos os mercados possíveis. Mas o
que acontece quando nós brasileiros, tentamos colocar
nosso produto é a descoberta de barreiras muitas vezes
indiretas como a questão do meio ambiente, por exemplo,
ressalta Pinazza, acrecentando que estas barreiras, poodem
acontecer até porque um produto não foi embalado
em material reciclado, ou com madeiras de reflorestamento.
Conforme o executivo, isto representa que o Brasil está
aceitando as regras do jogo, buscando ser competitivo, abrindo-se
para os produtos de outros países, mas não está
sabendo proteger seus interesses tambérm.
Pinazza complementa que no agribusiness esta situação
está ocorrendo a todo o momento e, em geral, estámaltratando
o produtorrural que,aparentemente é aparte mais fraca
da cadeia.Para ele, enquanto a situação internacional
persistirdesta maneira, o Governo brasileirovai ter que criar
mecanismos de compensação para que a luta entre
as partes seja em iguais condições. Porque afinal
quem movimentou cerca de US$ 17,33 bilhões em exportação
para o mundo todo, o que representou cerca de 40% do volume
de exportação brasileira merece tratamento coerente
das autoridades, afirma Pinazza.
Mas enquanto a consciência do Governo Federal não
desperta, que precisa se preparar cada vez mais é o
produtor, segundo Pinazza. Na sua opinião, o produtor,
seja ele de carne, de grãos ou frutas, terá
que buscar íveis de tecnologia que possibilitemmelhorar
qualidade do seu produto, aumentar a produtividade e diminuir
custos de produção. O que basicamente determina
uma alteração na forma de conduzir os seus negócios
dentro da propriedade, aponta o dirigente. Esta alteração
também passa, segunda Pinazza por uma conscientização
do produtor de que ele tem muita força dentro do sistema
como um todo.
O presidente do Conselho Político/ RS da ABAG, e da
Fewderação das Cooperativas de Trigo e Soja
do RS, Fecotrigo, Rui Polidoro Pinto, diz, por sua vez que
em todo o setor de agribusiness o que vem crescendo cada vez
mais é o de tranformação da matéria-prima,
o processamento. É nele que os investimentos vêm
se concentrando, fim de atender a crescentedemanda por alimentos
das mais diversas formas. E é nele, talvez que o produtor
deve mais prestar atenção e formar parceiras
para que seu produto atenda ás exigências do
consumidor.
Segundo Polidoro um exemplos mais clássico é
o do frango que saiu de uma condição de almoço
dominical, para o dia-a-dia dos lares brasileiros, na medida
em que soube capta do cosumidor seus desejos e, muitas vezes,
oferecer produtos de qualidade e com preços competitivos.
Com isto conseguiu aumentar enormemente o consumo desta proteina
aniaml, quase ultrapassando o de carne bovina, ressalta o
dirigente. Para ele, todos os produtores, das mais diversas
áreas de atuação, podem, em maior ou
menor grau, conquistar espaços dentro deste cenário,
basta que se organizem e busquem formas de participar do processo
produtivo, porque uma das grandes chaves no negócio
da agricultura é agregar valor produto e, quanto mais
produtor participar deste processo, mais ele vai ganhar, receitua
Polidoro, acrescentando que importante tambeém é
que produtor tenha sempre uma visão global do que está
acontecendo no cenário econômico como um todo,
assim, poderá tomar decisões sobre sua atividade,
garante.
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