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SETOR DE AGRIBUSINESS MOVIMENTOU R$ 260 MILHÕES EM 96
rev 00 - junho/julho 1997

Segundo Antônio Hermínio Pinazza, diretor executivo da Associação Brasileira de Agribusiness, ABAG, a principal preocupação do setor como um todo é enfrentar os desafios da globalização em conjunto com a nternacionalização dos produtos brasileiros que têm sofrido pressões de taxações diretas e indiretas (protecionismos diversos. A ordem mundial é que todos os países devem importar e exportar produtos agrícolas comprandodo fornecedor mais barato e competindo em todos os mercados possíveis. Mas o que acontece quando nós brasileiros, tentamos colocar nosso produto é a descoberta de barreiras muitas vezes indiretas como a questão do meio ambiente, por exemplo, ressalta Pinazza, acrecentando que estas barreiras, poodem acontecer até porque um produto não foi embalado em material reciclado, ou com madeiras de reflorestamento.

Conforme o executivo, isto representa que o Brasil está aceitando as regras do jogo, buscando ser competitivo, abrindo-se para os produtos de outros países, mas não está sabendo proteger seus interesses tambérm.

Pinazza complementa que no agribusiness esta situação está ocorrendo a todo o momento e, em geral, estámaltratando o produtorrural que,aparentemente é aparte mais fraca da cadeia.Para ele, enquanto a situação internacional persistirdesta maneira, o Governo brasileirovai ter que criar mecanismos de compensação para que a luta entre as partes seja em iguais condições. Porque afinal quem movimentou cerca de US$ 17,33 bilhões em exportação para o mundo todo, o que representou cerca de 40% do volume de exportação brasileira merece tratamento coerente das autoridades, afirma Pinazza.

Mas enquanto a consciência do Governo Federal não desperta, que precisa se preparar cada vez mais é o produtor, segundo Pinazza. Na sua opinião, o produtor, seja ele de carne, de grãos ou frutas, terá que buscar íveis de tecnologia que possibilitemmelhorar qualidade do seu produto, aumentar a produtividade e diminuir custos de produção. O que basicamente determina uma alteração na forma de conduzir os seus negócios dentro da propriedade, aponta o dirigente. Esta alteração também passa, segunda Pinazza por uma conscientização do produtor de que ele tem muita força dentro do sistema como um todo.

O presidente do Conselho Político/ RS da ABAG, e da Fewderação das Cooperativas de Trigo e Soja do RS, Fecotrigo, Rui Polidoro Pinto, diz, por sua vez que em todo o setor de agribusiness o que vem crescendo cada vez mais é o de tranformação da matéria-prima, o processamento. É nele que os investimentos vêm se concentrando, fim de atender a crescentedemanda por alimentos das mais diversas formas. E é nele, talvez que o produtor deve mais prestar atenção e formar parceiras para que seu produto atenda ás exigências do consumidor.

Segundo Polidoro um exemplos mais clássico é o do frango que saiu de uma condição de almoço dominical, para o dia-a-dia dos lares brasileiros, na medida em que soube capta do cosumidor seus desejos e, muitas vezes, oferecer produtos de qualidade e com preços competitivos.

Com isto conseguiu aumentar enormemente o consumo desta proteina aniaml, quase ultrapassando o de carne bovina, ressalta o dirigente. Para ele, todos os produtores, das mais diversas áreas de atuação, podem, em maior ou menor grau, conquistar espaços dentro deste cenário, basta que se organizem e busquem formas de participar do processo produtivo, porque uma das grandes chaves no negócio da agricultura é agregar valor produto e, quanto mais produtor participar deste processo, mais ele vai ganhar, receitua Polidoro, acrescentando que importante tambeém é que produtor tenha sempre uma visão global do que está acontecendo no cenário econômico como um todo, assim, poderá tomar decisões sobre sua atividade, garante.


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