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SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE CARCAÇA SERÁ IMPLANTADO A PARTIR DE 2004
rev 69 - setembro 2003

Com isso, o consumidor passará a saber todas as informações sobre a carne que está comprando, como idade, peso e sexo do animal ao qual pertencia, além da cobertura de gordura, rastreamento e tipo de couro. A proposta foi aprovada durante a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina, informou o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Maçao Tadano.

Até o próximo dia 25, o texto da classificação de carcaça bovina deverá estar concluído, informou o secretário. Em discussão na Câmara da Carne Bovina desde julho último, a proposta será levada á consulta pública a partir de 1º de outubro. Durante 60 dias, o Mapa receberá sugestões para incluir no sistema. O cronograma para sua implantação foi definido durante a reunião, revelou Tadano, acrescentando que essa era uma antiga reivindicação da cadeia produtiva.

De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária, o sistema de classificação de carcaça permitirá aos produtores agregarem valor á carne bovina. O preço final deve melhorar para os produtores, porque os consumidores, passarão a saber realmente que tipo de cane estão comprando. Hoje, com a implantação do rastreamento bovino, que permite identificar a origem dos animais, els já recebem entre R$ 1 e R$ 2 por arroba (15kg).

A tabela de pontuação para classificação de carcaça, que permitirá estabelecer o preço do produto, foi idealizada pelo presidente da Associação Nacional de Carne e Couro de qualidade (Anapec), Luiz Eduardo Batalha. Todas as informações referentes ao animal constarão de um código de barras que será afixado na embalagem da carne. O Mapa vai capacitar profissionais para atuar na classificação de carcaças. A tabela apresentada pelo grupo de trabalho terá pequenos ajustes e seguirá imediatamente para consulta pública. Produtores acreditam que convênio com frigoríficos, como aval do MAPA, será assinado em 90 dias.

Segundo Batalha, membro da Câmara Setorial, a tabela terá pequenos ajustes e será enviada imediatamente para consulta pública de 60 dias. Paralelamente, serão treinados classificadores para acompanhar os abates nos frigoríficos. Em 90 dias, os produtores e frigoríficos deverão assinar o convênio de bonificação pelas carcaças, pelo couro e pela rastreabilidade, com aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Batalha ressalta que essa decisão é uma vitória dos produtores. Os pecuaristas precisam se sentir motivados a investir em qualidade, sendo remunerados por isso. Com a bonificação, as carcaças de melhor qualidade serão valorizadas, favorecendo também os frigoríficos, que receberão produtos mais uniformes, assinala.

A classificação, proposta pelos produtores de carne bovina participantes da Câmara Setorial prevê o pagamento de bônus aos pecuaristas que entregarem ao abate animais de qualidade superior. A remuneração extra vai de -4% para depreciação da carcaça sem qualidade até +8%. Serão considerados os seguintes fatores: Sexo do animal, peso, idade de abate e cobertura de gordura. Para efeito da bonificação, consideram-se a qualidade da carcaça e a qualidade do couro, além da rastreabilidade do animal. A classificação das carcaças tem como limite 5%, a do couro 2% e a rastreabilidade 1%, totalizando os 8% máximos.

Suplementos com baixo custo de qualidade

Na reunião de 11 de setembro, em Brasília (DF), a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina criou um comitê para discutir a produção de suplementos de boa qualidade e a custo acessível ao produtor rural, visando garantir a qualidade da carne bovina.

O comitê da Nutrição Animal será coordenado por Constantino Ajimasto Júnior, presidente da Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP) e diretor da Damha Nutrição Animal, terá como primeira tarefa reunir-se com os fornecedores de fósforo matéria prima com peso elevado para a produção de suplementos, propondo acordo entre ambos para viabilizar a redução do custo final.


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