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                    Nesse sentido, o presidente da Comissão Nacional de 
                    Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, apresentou 
                    o Programa de Incentivo á Melhoria da Qualidade da 
                    Produção de Leite dos Pequenos Produtores nesta 
                    quarta-feira, três de setembro, durante a realização 
                    pelo MDA do seminário Estratégias para o Fortalecimento 
                    da Agricultura Familiar na Cadeia de Leite, em Brasília. 
                    A inclusão dos pequenos produtores ajudaria também 
                    o Brasil a atender melhor a demanda interna. Este ano País 
                    produzirá 21,3 bilhões de litros de leite, volume 
                    insuficiente para atender o consumo estimado em 22,2 bilhões 
                    de litros.  A 
                    pecuária de leite é atividade que atende perfeitamente 
                    o perfil dos pequenos produtores rurais, pois representa garantia 
                    de renda mensal no campo, mesmo quando desenvolvida em propriedades 
                    com áreas de menor extensão. Para permitir a 
                    inclusão do maior número de produtores na produção 
                    de leite é preciso adotar medidas de incentivo á 
                    produção dirigidas especialmente ao segmento 
                    de pequenos proprietários, avalia a Comissão 
                    Nacional de Pecuária de Leite da Confederação 
                    da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). É 
                    necessário um conjunto de ações, muitas 
                    delas a serem adotadas dentro de programas oficiais já 
                    existentes, como a oferta de linha de crédito pelo 
                    Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar 
                    (Pronaf) para a compra de máquinas equipamentos e benfeitorias 
                    ligadas á atividade leiteira.  Conforme 
                    explicou Alvim, uma alternativa é alocar recursos do 
                    Pronaf para incentivar a atividade leiteira entre os pequenos 
                    produtores. Seriam atendidos aqueles que apresentem produção 
                    diária de até 400 litros de leite; administrem 
                    pessoalmente a propriedade, com no mínimo 80% da renda 
                    bruta proveniente da agropecuária, cujo processo produtivo 
                    seja realizado por integrantes da família, independente 
                    da participação de empregados. O financiamento 
                    a ser oferecido é de R$ 10 mil por produtor ou de R$ 
                    25 mil por associação de produtores, independentemente 
                    de outros créditos rurais, com juro anual de 4%. O 
                    pré-requisito para a obtenção desse financiamento 
                    seria a participação dos produtores em programas 
                    de capacitação e treinamento na atividade leiteira. 
                     O 
                    crédito fornecido atenderia a compra de itens como 
                    ordenhadeira mecânica, tanque de resfriamento e expansão 
                    de linhas de eletrificação rural, de forma a 
                    adequar a produção de leite com qualidade, conforme 
                    diretrizes do Ministério da Agricultura, Pecuária 
                    e Abastecimento oscilações dos preços 
                    pagos ao produtor e os movimentos de importação 
                    e oportunidades de exportação, a CNA sugere 
                    como melhor instrumento a instalação da Câmara 
                    Setorial do Leite, que teria como função ajustar 
                    as relações entre produtores, indústria, 
                    varejo e Governo. Para proteger o produtor brasileiro da concorrência 
                    desleal gerada pelos subsídios concedidos por países 
                    desenvolvidos, medidas necessárias são manter 
                    as medidas antidumping e a elevação da Tarifa 
                    Externa Comum (TEC) dos lácteos dos atuais 27% para 
                    35%.  |